Repensando os letramentos pela perspectiva pós-humanista
O pós-humanismo não apenas convida a repensar a unidade básica de referência para o ser humano e as ciências humanas, como expande o conceito de (prática) social para abranger os seres humanos e os agentes não-humanos interagindo socialmente de forma mais horizontal e simétrica. A pesquisa sobre let...
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Estadual de Campinas
2019-08-01
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Series: | Trabalhos em Linguística Aplicada |
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Online Access: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8655577 |
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author | Mario Marcio Godoy Ribas |
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description | O pós-humanismo não apenas convida a repensar a unidade básica de referência para o ser humano e as ciências humanas, como expande o conceito de (prática) social para abranger os seres humanos e os agentes não-humanos interagindo socialmente de forma mais horizontal e simétrica. A pesquisa sobre letramentos, diante dessa nova forma de olhar para o mundo, exige uma nova proposta teórica que supere binarismos usuais nesse campo de estudo tais como digital/analógico e múltiplos/único, entre outros. Portanto, este trabalho objetiva propor uma reflexão sobre o conceito de letramentos como práticas sociais sob uma perspectiva pós-humanista, considerando novas ideias vigentes na literatura sobre pós-humanismo, agência, cognição e subjetividade. Utiliza-se como método a pesquisa bibliográfica, tendo como principais referenciais os trabalhos da filósofa Rosi Braidotti sobre o pós-humanismo crítico, da crítica literária Nancy Hayles sobre a condição pós-humana, da física e teórica feminista Karen Barad acerca do realismo agencial e do linguista aplicado Alastair Pennycook acerca especificamente de sua proposta de uma linguística aplicada pós-humanista. O resultado dessa reflexão teórica indica que uma concepção pós-humanista de letramentos demanda que essas práticas sejam entendidas como práticas materiais-discursivas, isto é, práticas em que matéria e discurso emergem conjuntamente por intra-ação, o que implica um outro olhar para o que seriam os contextos, os sujeitos e os objetos dos letramentos. Por consequência, é também necessário considerar que os significados constitutivos dos letramentos não são isolados em unidades como palavras ou ideias de significantes, mas sim na rede material-discursiva construída por intra-ação. |
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spelling | doaj.art-7af862ac8289472299d398dd91ed369f2022-12-21T23:14:23ZengUniversidade Estadual de CampinasTrabalhos em Linguística Aplicada2175-764X2019-08-01582Repensando os letramentos pela perspectiva pós-humanistaMario Marcio Godoy Ribas0Universidade Federal de Mato Grosso do SulO pós-humanismo não apenas convida a repensar a unidade básica de referência para o ser humano e as ciências humanas, como expande o conceito de (prática) social para abranger os seres humanos e os agentes não-humanos interagindo socialmente de forma mais horizontal e simétrica. A pesquisa sobre letramentos, diante dessa nova forma de olhar para o mundo, exige uma nova proposta teórica que supere binarismos usuais nesse campo de estudo tais como digital/analógico e múltiplos/único, entre outros. Portanto, este trabalho objetiva propor uma reflexão sobre o conceito de letramentos como práticas sociais sob uma perspectiva pós-humanista, considerando novas ideias vigentes na literatura sobre pós-humanismo, agência, cognição e subjetividade. Utiliza-se como método a pesquisa bibliográfica, tendo como principais referenciais os trabalhos da filósofa Rosi Braidotti sobre o pós-humanismo crítico, da crítica literária Nancy Hayles sobre a condição pós-humana, da física e teórica feminista Karen Barad acerca do realismo agencial e do linguista aplicado Alastair Pennycook acerca especificamente de sua proposta de uma linguística aplicada pós-humanista. O resultado dessa reflexão teórica indica que uma concepção pós-humanista de letramentos demanda que essas práticas sejam entendidas como práticas materiais-discursivas, isto é, práticas em que matéria e discurso emergem conjuntamente por intra-ação, o que implica um outro olhar para o que seriam os contextos, os sujeitos e os objetos dos letramentos. Por consequência, é também necessário considerar que os significados constitutivos dos letramentos não são isolados em unidades como palavras ou ideias de significantes, mas sim na rede material-discursiva construída por intra-ação.https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8655577LetramentosPós-humanismoNovo Materialismo |
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