Implementação da comunicação médico-doente via endereço electrónico na consulta de MGF

Introdução: A correspondência electrónica tem adquirido um espaço importante na troca de informação e nas relações interpessoais. A sua relevância e utilidade na área da saúde levaram à criação de orientações pelo Comité Permanente dos Médicos Europeus e pela American Medical Informatics Associ...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Rita Pinhão, Marlene Calisto, Marta Arnaut Pimentel, Rute Fernandes
Format: Article
Language:English
Published: Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar 2009-11-01
Series:Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
Subjects:
Online Access:https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/10688
Description
Summary:Introdução: A correspondência electrónica tem adquirido um espaço importante na troca de informação e nas relações interpessoais. A sua relevância e utilidade na área da saúde levaram à criação de orientações pelo Comité Permanente dos Médicos Europeus e pela American Medical Informatics Association para a correspondência electrónica nos cuidados ao utente. Face às potencialidades da comunicação electrónica e ao facto de se desconhecer, em Portugal, a dimensão da sua utilização, considerou-se pertinente analisar a experiência de um médico de família (MF) que introduziu esta via de comunicação na sua prática clínica. Objectivo: Com este trabalho pretende-se caracterizar os utentes utilizadores de endereço electrónico (e-mail) da lista de um MF, quanto ao sexo e idade, e conhecer os motivos pelos quais o utilizaram. Tipo de Estudo: Estudo observacional, descritivo, transversal. Local: Centro de Saúde de Cascais, USF Marginal. População: Utentes que forneceram o e-mail de 15 de Dezembro de 2007 até 26 de Junho de 2008. Métodos: Consulta de processos clínicos e dos e-mails recebidos. Base de dados e tratamento estatístico realizados no programa Microsoft Office Excel 2003. Resultados: Da lista de utentes do MF, 283 (15,2%) forneceram o e-mail, sendo 64,0% do sexo feminino. A média de idades foi 44,8 (± 18,5) anos. Dos 283 utentes que forneceram o e-mail, 30,0% usaram este meio de comunicação, o que corresponde a 5,0% da lista de utentes. Foram recebidas 204 mensagens. Os motivos mais frequentes foram: questões administrativas (36,9%), informação sobre resultados de exames complementares de diagnóstico (13,1%), dúvidas relacionadas com a saúde (11,2%) e acompanhamento clínico (10,7%). Conclusões: Relativamente ao motivo de contacto, os resultados vão de encontro aos obtidos noutros estudos e são concordantes com as recomendações europeias e norte-americanas. O e-mail poderá ser um importante complemento da consulta presencial, permitindo melhorar a qualidade dos cuidados prestados e a gestão do tempo dos profissionais de saúde.
ISSN:2182-5181