Summary: | Em muitos romances da escritora Agustina Bessa-Luís, é possível encontrar histórias amorosas, como é o caso de Doidos e amantes, publicado em 2005, ou de Fanny Owen, de 1979 (1988). Tematicamente, algumas tramas parecem ser inseridas nos enredos para que outros assuntos sejam desenvolvidos. Desde a publicação de A sibila, de 1953, as relações humanas estão presentes como o principal tema das narrativas agustinianas. Dessa forma, ao falar de amor, por exemplo, muitas obras irão refletir sobre a própria escrita ou acerca de temas relacionados à existência humana. Um dos caminhos para compreender o objetivo dessa escolha está na biografia que Agustina Bessa-Luís escreve sobre a pintora Maria Helena da Silva, publicada em 1982, quando utiliza a expressão “pedagogia amorosa” ao citar Sócrates. O artigo pretende tecer algumas considerações sobre as diferentes perspectivas do amor presentes em três romances de Agustina.
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