Nem política, nem sociedade: Questionando a justificativa de políticas públicas pró-empreendedorismo no Chile
A literatura sobre a relação entre estado e empreendedorismo mostra que o estado possui um papel positivo na configuração das condições para empreendedorismo e promoção do crescimento econômico por meio da atividade empresarial. No entanto, a questão de como a intervenção estatal é justificada no e...
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Format: | Article |
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Published: |
Fundação Getulio Vargas, Escola de Administração de Empresas de São Paulo
2020-04-01
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author | Oriana Bernasconi Juan Felipe Espinosa-Cristia |
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A literatura sobre a relação entre estado e empreendedorismo mostra que o estado possui um papel positivo na configuração das condições para empreendedorismo e promoção do crescimento econômico por meio da atividade empresarial. No entanto, a questão de como a intervenção estatal é justificada no empreendedorismo em regimes
neoliberais tem recebido pouca atenção, apesar de legitimar políticas públicas. No presente estudo, analisando entrevistas com autoridades estatais da Corporação de Desenvolvimento de Comércio e Produção Chilena (CORFO), declarações públicas e documentação oficial, examinamos o advento das políticas pró-empreendedorismo no
neoliberal Chile e exploramos os princípios que justificam a política do estado nos governos pós-ditatoriais. Essa política estabelece uma dupla despolitização: i) despojar o empreendimento de filiação política e ii) difundir uma retórica meritocrática imbuída de desenvolvimento social, autorrealização e cega às desigualdades estruturais. Argumentamos que a intervenção no empreendedorismo se justifica como uma política para o bem comum.
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