TRABALHO DOCENTE NO PROGRAMA NACIONAL DE INCLUSÃO DE JOVENS (PROJOVEM URBANO)
A criação da Política Nacional da Juventude (PNJ) consolidou a democratização do acesso ao ensino fundamental, resgatando o debate acerca da formação de educadores de jovens e adultos no Brasil. Em 2005, o governo federal instituiu o programa de formação inicial e continuada para adaptar os docente...
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Published: |
Universidade Federal de Minas Gerais
2023-01-01
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author | Leandro Gaspar |
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A criação da Política Nacional da Juventude (PNJ) consolidou a democratização do acesso ao ensino fundamental, resgatando o debate acerca da formação de educadores de jovens e adultos no Brasil. Em 2005, o governo federal instituiu o programa de formação inicial e continuada para adaptar os docentes à proposta pedagógica do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem Urbano). De fato, existia uma lacuna a ser preenchida, dada a necessidade de modificar o perfil alfabetizador perpetuado historicamente na EJA. Nessa direção, o artigo investigou os novos sentidos do trabalho docente, especificamente, a formação inicial e continuada. Para isso, recorremos ao materialismo histórico dialético, de modo a revelar os fios invisíveis entre o direito à educação e o dever de educar do Estado. O resultado da pesquisa qualitativa realizada através de levantamento bibliográfico e análise documental aponta para realidades distintas, reafirmando a precarização do trabalho docente frente às exigências do “educador polivalente”; de formação aligeirada; de critérios político-eleitoreiros para escolha de docentes etc. Notadamente, as formas de apropriação do programa pela “pequena política” reforçaram o distanciamento entre a teoria e a prática, ou seja, os objetivos do programa e a necessidade social dos trabalhadores docentes, refletindo na qualidade social da educação dos jovens e adultos trabalhadores.
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