Representação e razão negra em Conceição Evaristo: insubmissas lágrimas de mulheres
A literatura, apesar de não possuir compromisso com a realidade, vem servindo como recurso, altamente efetivo, para albergar modos e costumes de uma sociedade. E é esse o artifício com o qual contamos para entender, a partir de que lugar, a escrita feita por pessoas negras revoluciona e preserva nos...
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Published: |
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
2020-09-01
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author | Josane Silva Souza |
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description | A literatura, apesar de não possuir compromisso com a realidade, vem servindo como recurso, altamente efetivo, para albergar modos e costumes de uma sociedade. E é esse o artifício com o qual contamos para entender, a partir de que lugar, a escrita feita por pessoas negras revoluciona e preserva nossas expressões culturais e históricas. Desse modo, eu proponho discutir, neste artigo, o entrecruzamento entre história e ficção no conto “Maria do Rosário Imaculada dos Santos”, da escritora Conceição Evaristo (2016), levando em conta, a partir do texto ficcional, como as histórias e memórias de pessoas negras foram necrosadas pelo processo de escravidão e como é possível redimensionar nossas experiências, como sujeitos que caminham para outra história possível. Para tanto, pretendo, inicialmente, fazer uma contextualização dos espaços e histórias que assentaram a produção literária da coletânea de contos “Insubmissas lágrimas de mulheres”, publicada pela primeira vez em 2011. Para embasar, teoricamente, a análise do conto, tomo como referência principal os autores Stuart Hall (2016), com o livro “Cultura e representação” e Achille Mbembe (2014), com o livro “Crítica da Razão Negra”. Essa decisão se sustenta, especialmente, a partir das reflexões que ambos fazem em suas obras a respeito da existência do sujeito negro. |
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spelling | doaj.art-7da2a8c63d5b403db93512bca21358ec2023-06-08T17:56:08ZengUniversidade Estadual de Mato Grosso do SulRevista de Estudos Literários da UEMS - REVELL2179-44562020-09-01124Representação e razão negra em Conceição Evaristo: insubmissas lágrimas de mulheresJosane Silva Souza0Professora na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC); doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Letras e Representações (UESC).A literatura, apesar de não possuir compromisso com a realidade, vem servindo como recurso, altamente efetivo, para albergar modos e costumes de uma sociedade. E é esse o artifício com o qual contamos para entender, a partir de que lugar, a escrita feita por pessoas negras revoluciona e preserva nossas expressões culturais e históricas. Desse modo, eu proponho discutir, neste artigo, o entrecruzamento entre história e ficção no conto “Maria do Rosário Imaculada dos Santos”, da escritora Conceição Evaristo (2016), levando em conta, a partir do texto ficcional, como as histórias e memórias de pessoas negras foram necrosadas pelo processo de escravidão e como é possível redimensionar nossas experiências, como sujeitos que caminham para outra história possível. Para tanto, pretendo, inicialmente, fazer uma contextualização dos espaços e histórias que assentaram a produção literária da coletânea de contos “Insubmissas lágrimas de mulheres”, publicada pela primeira vez em 2011. Para embasar, teoricamente, a análise do conto, tomo como referência principal os autores Stuart Hall (2016), com o livro “Cultura e representação” e Achille Mbembe (2014), com o livro “Crítica da Razão Negra”. Essa decisão se sustenta, especialmente, a partir das reflexões que ambos fazem em suas obras a respeito da existência do sujeito negro.https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/5098RepresentaçãoRazão negraLiteraturaInsubmissas lágrimas de mulheres. |
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