Summary: | Na Transamazônica Paraense, os lugares são inexistidos nas representações geográficas que visibilizam a estrada. O objetivo é considerar a emergência de entre lugares à beira da estrada constituídos por pessoas de geohistórias diferentes que “se vicinam” e as implicações deste contexto para as leituras de mundo da/sobre a geograficidade transamazônica. O recorte experienciado da pesquisa é o Assentamento Rio Cururuí, Vicinal do Adão, entre Pacajá e Novo Repartimento (PA). Metodologicamente, partimos da pesquisa-ação, registro de memória e de campo, entrevistas com moradores em seus lugares interpretados com o aporte fenomenológico existencial e, concluímos: a) o debate geográfco, no plano educativo, tende a decretar a inexistência dos que vivem à beira Transamazônica ou “Faixa”; b) o sentido de lugar não é estritamente localizável ou demarcável, é não estável, constituindo espaço-limite; c) outra linguagem emerge do entre lugar vicinal, com a potencialidade criadora de ações comunicativas que esclareçam entendimentos geográficos em múltiplas escalas.
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