Realidade Virtual na Reabilitação: Por Que Sim e Por Que Não? Uma Revisão Sistemática

O processo de reabilitação, independentemente da área de saúde a que se refere, continua a ser um desafio para profissionais, pacientese suas famílias. Na tentativa de superar as limitações das intervenções tradicionais, a tecnologia de Realidade Virtual (RV)tem sido aplicada de forma crescente à r...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Artemisa R Dores, Fernando Barbosa, António Marques, Irene P Carvalho, Liliana De Sousa, Alexandre Castro-Caldas
Format: Article
Language:English
Published: Ordem dos Médicos 2013-01-01
Series:Acta Médica Portuguesa
Online Access:https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/1358
_version_ 1811195341534396416
author Artemisa R Dores
Fernando Barbosa
António Marques
Irene P Carvalho
Liliana De Sousa
Alexandre Castro-Caldas
author_facet Artemisa R Dores
Fernando Barbosa
António Marques
Irene P Carvalho
Liliana De Sousa
Alexandre Castro-Caldas
author_sort Artemisa R Dores
collection DOAJ
description O processo de reabilitação, independentemente da área de saúde a que se refere, continua a ser um desafio para profissionais, pacientese suas famílias. Na tentativa de superar as limitações das intervenções tradicionais, a tecnologia de Realidade Virtual (RV)tem sido aplicada de forma crescente à reabilitação e começa a fornecer importantes ferramentas que, contudo, geram debate eposicionamentos divergentes.Com o objetivo de investigar quais os contributos da RV aplicada ao domínio da reabilitação, nomeadamente em termos das vantagense limitações que comporta, o presente estudo procede a uma revisão sistemática da produção científica nesta área e apresentaum modelo que permite, de modo hierarquizado, descrever e sistematizar a natureza dos estudos revistos e as principais temáticasabordadas.A revisão sistemática focou-se sobre trabalhos científicos indexados, até novembro de 2010, na base de dados ISI Web of Knowledge.Os trabalhos incluídos foram analisados por dois investigadores independentes no programa NVivo 9 e o modelo desenvolvidoaplicado à recodificação do material em análise. Foram identificados 963 artigos, dos quais, aplicados os critérios de exclusão, 288títulos e resumos foram analisados. O modelo desenvolvido indica, como categorias centrais da bibliografia: Tipo de Artigo (Empírico;Teórico); Contextualização do Projeto; Tipo de Abordagem (Tecnologia Assistiva; Realidade Aumentada; Abordagens Tradicionais;Realidade Virtual). Esta última categoria (RV) foi decomposta de forma exaustiva para documentação da sua aplicabilidade, efeitose tendências futuras. Como vantagens da RV, surgem: a possibilidade de sua aplicação a uma diversidade de domínios, funçõescognitivas, comportamentos, doenças neurológicas e incapacidades físicas; as suas características e respetivas consequências; e apossibilidade de superar limitações das intervenções tradicionais. Do lado das limitações aparecem discutidos: os efeitos secundáriosda RV, as causas das limitações e precauções sugeridas. Os resultados evidenciam tendências promissoras acerca da utilização datecnologia de RV no domínio da reabilitação, com implicações para a forma como será realizada no futuro. Sugerem ainda a necessidadede dar continuidade aos trabalhos que procuram avaliar a aplicabilidade da RV na reabilitação em geral e na reabilitação (neuro)cognitiva em particular.
first_indexed 2024-04-12T00:41:47Z
format Article
id doaj.art-7e62f9435e77441da42cc41fb379515d
institution Directory Open Access Journal
issn 0870-399X
1646-0758
language English
last_indexed 2024-04-12T00:41:47Z
publishDate 2013-01-01
publisher Ordem dos Médicos
record_format Article
series Acta Médica Portuguesa
spelling doaj.art-7e62f9435e77441da42cc41fb379515d2022-12-22T03:54:59ZengOrdem dos MédicosActa Médica Portuguesa0870-399X1646-07582013-01-0125610.20344/amp.1358Realidade Virtual na Reabilitação: Por Que Sim e Por Que Não? Uma Revisão SistemáticaArtemisa R Dores0Fernando Barbosa1António Marques2Irene P Carvalho3Liliana De Sousa4Alexandre Castro-Caldas5Departamento Ciências Biomédicas. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto & Laboratório de Reabilitação Psicossocial. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto & Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto, Instituto Politécnico do Porto. Porto. Portugal.Laboratório de Neuropsicofisiologia. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. Porto. Portugal.Laboratório de Reabilitação Psicossocial, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto & Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto, Instituto Politécnico do Porto. Porto. Portugal.Departamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Porto. Portugal.Departamento de Ciências Biomédicas. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto. Porto. Portugal.Departamento de Ciências da Saúde. Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Católica Portuguesa. Porto. Portugal. O processo de reabilitação, independentemente da área de saúde a que se refere, continua a ser um desafio para profissionais, pacientese suas famílias. Na tentativa de superar as limitações das intervenções tradicionais, a tecnologia de Realidade Virtual (RV)tem sido aplicada de forma crescente à reabilitação e começa a fornecer importantes ferramentas que, contudo, geram debate eposicionamentos divergentes.Com o objetivo de investigar quais os contributos da RV aplicada ao domínio da reabilitação, nomeadamente em termos das vantagense limitações que comporta, o presente estudo procede a uma revisão sistemática da produção científica nesta área e apresentaum modelo que permite, de modo hierarquizado, descrever e sistematizar a natureza dos estudos revistos e as principais temáticasabordadas.A revisão sistemática focou-se sobre trabalhos científicos indexados, até novembro de 2010, na base de dados ISI Web of Knowledge.Os trabalhos incluídos foram analisados por dois investigadores independentes no programa NVivo 9 e o modelo desenvolvidoaplicado à recodificação do material em análise. Foram identificados 963 artigos, dos quais, aplicados os critérios de exclusão, 288títulos e resumos foram analisados. O modelo desenvolvido indica, como categorias centrais da bibliografia: Tipo de Artigo (Empírico;Teórico); Contextualização do Projeto; Tipo de Abordagem (Tecnologia Assistiva; Realidade Aumentada; Abordagens Tradicionais;Realidade Virtual). Esta última categoria (RV) foi decomposta de forma exaustiva para documentação da sua aplicabilidade, efeitose tendências futuras. Como vantagens da RV, surgem: a possibilidade de sua aplicação a uma diversidade de domínios, funçõescognitivas, comportamentos, doenças neurológicas e incapacidades físicas; as suas características e respetivas consequências; e apossibilidade de superar limitações das intervenções tradicionais. Do lado das limitações aparecem discutidos: os efeitos secundáriosda RV, as causas das limitações e precauções sugeridas. Os resultados evidenciam tendências promissoras acerca da utilização datecnologia de RV no domínio da reabilitação, com implicações para a forma como será realizada no futuro. Sugerem ainda a necessidadede dar continuidade aos trabalhos que procuram avaliar a aplicabilidade da RV na reabilitação em geral e na reabilitação (neuro)cognitiva em particular. https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/1358
spellingShingle Artemisa R Dores
Fernando Barbosa
António Marques
Irene P Carvalho
Liliana De Sousa
Alexandre Castro-Caldas
Realidade Virtual na Reabilitação: Por Que Sim e Por Que Não? Uma Revisão Sistemática
Acta Médica Portuguesa
title Realidade Virtual na Reabilitação: Por Que Sim e Por Que Não? Uma Revisão Sistemática
title_full Realidade Virtual na Reabilitação: Por Que Sim e Por Que Não? Uma Revisão Sistemática
title_fullStr Realidade Virtual na Reabilitação: Por Que Sim e Por Que Não? Uma Revisão Sistemática
title_full_unstemmed Realidade Virtual na Reabilitação: Por Que Sim e Por Que Não? Uma Revisão Sistemática
title_short Realidade Virtual na Reabilitação: Por Que Sim e Por Que Não? Uma Revisão Sistemática
title_sort realidade virtual na reabilitacao por que sim e por que nao uma revisao sistematica
url https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/1358
work_keys_str_mv AT artemisardores realidadevirtualnareabilitacaoporquesimeporquenaoumarevisaosistematica
AT fernandobarbosa realidadevirtualnareabilitacaoporquesimeporquenaoumarevisaosistematica
AT antoniomarques realidadevirtualnareabilitacaoporquesimeporquenaoumarevisaosistematica
AT irenepcarvalho realidadevirtualnareabilitacaoporquesimeporquenaoumarevisaosistematica
AT lilianadesousa realidadevirtualnareabilitacaoporquesimeporquenaoumarevisaosistematica
AT alexandrecastrocaldas realidadevirtualnareabilitacaoporquesimeporquenaoumarevisaosistematica