Povos e Comunidades Tradicionais em confronto com megaprojetos energéticos no Sertão de Pernambuco

O Sertão de Pernambuco é um campo etnográfico denso para compreender as dinâmicas e tensões existentes entre os Povos e Comunidades Tradicionais e a atuação de grupos de poder do setor energético brasileiro. Desde 1970 enumera a construção de megaprojetos de desenvolvimento do Estado, entre esses...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Whodson Silva, Vânia Fialho
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Ponta Grossa 2020-06-01
Series:Revista Internacional de Folkcomunicação
Subjects:
Online Access:https://revistas.uepg.br/index.php/folkcom/article/view/2490/563563762
Description
Summary:O Sertão de Pernambuco é um campo etnográfico denso para compreender as dinâmicas e tensões existentes entre os Povos e Comunidades Tradicionais e a atuação de grupos de poder do setor energético brasileiro. Desde 1970 enumera a construção de megaprojetos de desenvolvimento do Estado, entre esses, o de construção de uma central nuclear com seis usinas nucleares às margens do Rio São Francisco. A instalação de empreendimentos nessa região está imbricada em relações históricas, econômicas e de poder. Estudar tal campo social implica, nesse sentido, problematizar as interações, heterogeneidades e os diferentes atores, forças, discursos e instituições que compõe tais contextos. Queremos, no entanto, chamar à atenção para as ações políticas que os Povos e Comunidades Tradicionais formulam na intenção de assegurar as existências coletivas. As cartografias sociais elaboradas por esses agentes, nessa direção, tem possibilitado compreender reivindicações à ideia de desenvolvimento que invisibiliza os grupos sociais atingidos, consistindo no que analiticamente definimos como repertório confrontacional. A partir da perspectiva etnográfica buscamos problematizar um contexto social em que é possível visualizar o acirramento de políticas governamentais que impulsionam a implantação de megaprojetos, violam direitos sociais e humanos e impactam o meio ambiente em escalas sem precedentes.
ISSN:1807-4960