Monitoramento orientado pela área sob a curva da vancomicina em pacientes pediátricos
RESUMO Objetivo: Avaliar a probabilidade de atingir o alvo pela razão entre a área sob a curva e a concentração inibitória mínima de vancomicina em pacientes pediátricos após o esquema de dose empírica e demonstrar a aplicabilidade desse método para o monitoramento da vancomicina. Metódos: Foi rea...
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Associação de Medicina Intensiva Brasileira
2022-06-01
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| Series: | Revista Brasileira de Terapia Intensiva |
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| author | Ronaldo Morales Junior Vanessa D’Amaro Juodinis Isabela Cristina Pinheiro de Freitas Santos Camila Canuto Campioni Flávia Gatto de Almeida Wirth Livia Maria Goncalves Barbosa Daniela Carla de Souza Silvia Regina Cavani Jorge Santos |
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| description | RESUMO Objetivo: Avaliar a probabilidade de atingir o alvo pela razão entre a área sob a curva e a concentração inibitória mínima de vancomicina em pacientes pediátricos após o esquema de dose empírica e demonstrar a aplicabilidade desse método para o monitoramento da vancomicina. Metódos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo que incluiu pacientes pediátricos com função renal normal internados entre janeiro e dezembro de 2020. O modelo de um compartimento com cinética de primeira ordem foi utilizado para estimar os parâmetros farmacocinéticos, e a área sob a curva foi calculada pela regra do trapézio. O alvo terapêutico foi definido como a razão entre a área sob a curva e a concentração inibitória mínima ≥ 400 e < 600. O teste do qui-quadrado foi aplicado para comparar a probabilidade de atingir o alvo nos grupos etários, enquanto os parâmetros farmacocinéticos foram comparados pelo teste de Kruskal-Wallis com o teste de Dunn para análises post hoc. Consideraram-se significativos os valores de p < 0,05. Resultados: Foram analisados, no total, 42 pares de níveis de vancomicina de 17 pacientes inscritos neste estudo. Após a dose diária empírica de vancomicina, o alvo terapêutico foi atingido em cinco (29%) pacientes; quatro pacientes (24%) apresentavam razão entre a área sob a curva inicial supraterapêutica e o valor de concentração inibitória mínima (> 600mg.h/L) e oito (47%) tinham valores subterapêuticos (< 400mg.h/L). Os patógenos mais identificados foram Staphylococcus spp. (n = 7). Os níveis de vale e as áreas sob a curva mostraram valores moderados de correlação (R2 = 0,73). Um (6%) paciente apresentou lesão renal aguda. Conclusão: A maioria dos pacientes não atingiu o alvo terapêutico com esquema de dose empírica de vancomicina, e a implementação de dosagem baseada na área sob a curva usando duas medições de amostra permitiu ajustes de dose em tempo real com base nos parâmetros farmacocinéticos dos indivíduos. |
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| spelling | doaj.art-7f3f81da845c486989ec528cd68502de2022-12-22T00:32:07ZengAssociação de Medicina Intensiva BrasileiraRevista Brasileira de Terapia Intensiva1982-43352022-06-0134114715310.5935/0103-507x.20220009-ptMonitoramento orientado pela área sob a curva da vancomicina em pacientes pediátricosRonaldo Morales Juniorhttps://orcid.org/0000-0002-5856-3717Vanessa D’Amaro Juodinishttps://orcid.org/0000-0003-4749-3052Isabela Cristina Pinheiro de Freitas Santoshttps://orcid.org/0000-0001-5499-1696Camila Canuto Campionihttps://orcid.org/0000-0002-1250-5028Flávia Gatto de Almeida Wirthhttps://orcid.org/0000-0001-6803-6921Livia Maria Goncalves Barbosahttps://orcid.org/0000-0001-5686-4009Daniela Carla de Souzahttps://orcid.org/0000-0002-1968-6773Silvia Regina Cavani Jorge Santoshttps://orcid.org/0000-0001-5295-2079RESUMO Objetivo: Avaliar a probabilidade de atingir o alvo pela razão entre a área sob a curva e a concentração inibitória mínima de vancomicina em pacientes pediátricos após o esquema de dose empírica e demonstrar a aplicabilidade desse método para o monitoramento da vancomicina. Metódos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo que incluiu pacientes pediátricos com função renal normal internados entre janeiro e dezembro de 2020. O modelo de um compartimento com cinética de primeira ordem foi utilizado para estimar os parâmetros farmacocinéticos, e a área sob a curva foi calculada pela regra do trapézio. O alvo terapêutico foi definido como a razão entre a área sob a curva e a concentração inibitória mínima ≥ 400 e < 600. O teste do qui-quadrado foi aplicado para comparar a probabilidade de atingir o alvo nos grupos etários, enquanto os parâmetros farmacocinéticos foram comparados pelo teste de Kruskal-Wallis com o teste de Dunn para análises post hoc. Consideraram-se significativos os valores de p < 0,05. Resultados: Foram analisados, no total, 42 pares de níveis de vancomicina de 17 pacientes inscritos neste estudo. Após a dose diária empírica de vancomicina, o alvo terapêutico foi atingido em cinco (29%) pacientes; quatro pacientes (24%) apresentavam razão entre a área sob a curva inicial supraterapêutica e o valor de concentração inibitória mínima (> 600mg.h/L) e oito (47%) tinham valores subterapêuticos (< 400mg.h/L). Os patógenos mais identificados foram Staphylococcus spp. (n = 7). Os níveis de vale e as áreas sob a curva mostraram valores moderados de correlação (R2 = 0,73). Um (6%) paciente apresentou lesão renal aguda. Conclusão: A maioria dos pacientes não atingiu o alvo terapêutico com esquema de dose empírica de vancomicina, e a implementação de dosagem baseada na área sob a curva usando duas medições de amostra permitiu ajustes de dose em tempo real com base nos parâmetros farmacocinéticos dos indivíduos.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2022000100147&tlng=enVancomicinaMonitoramento de medicamentosFarmacocinéticaCriança |
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