PREVALÊNCIA DE MARCADORES SOROLÓGICOS EM CANDIDATOS A DOAÇÃO DE SANGUE NO EXTREMO SUL DO BRASIL

Objetivo: Avaliar no Hemocentro Regional de Pelotas (HEMOPEL) a prevalência de doadores de sangue que tornaram-se inaptos à doação devido à positividade de marcadores sorológicos e avaliar o marcador mais prevalente. Materiais e método: Estudo observacional retrospectivo com base no relatório dispon...

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Bibliographic Details
Main Authors: JPAME Silva, C Lorea
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2023-10-01
Series:Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923016334
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description Objetivo: Avaliar no Hemocentro Regional de Pelotas (HEMOPEL) a prevalência de doadores de sangue que tornaram-se inaptos à doação devido à positividade de marcadores sorológicos e avaliar o marcador mais prevalente. Materiais e método: Estudo observacional retrospectivo com base no relatório disponibilizado pela instituição (Hemoprod), compreendendo doações do período de janeiro de 2022 até junho de 2023. Foram coletados dados referentes à prevalência de doadores aptos que posteriormente apresentaram inaptidão sorológica. Os testes sorológicos atualmente utilizados no HEMOPEL são determinados pela Portaria de Consolidação nº 5 de 28 de setembro de 2017, sendo eles: HBsAg, Anti-HBc, Anti-HCV, Sífilis, Anti-HIV I e II, Anti-HTLV I e II, Chagas (pela metodologia eletroquimioluminescência) e NAT HIV, NAT HBV e NAT HCV (pela metodologia PCR). Resultados: O número de candidatos a doação no período foi de 19.152. Destes, 15.875 (82,88%) foram considerados aptos à doação. A positividade de marcadores sorológicos foi de 395 (2,48%) dentre os doadores aptos. Nas amostras positivas, Sífilis foi o marcador mais prevalente em 229 (57,97%) amostras, seguido de Hepatites B e C com 88 (22,27%) amostras positivas. Distribuídos por Anti-HBc em 49 (12,40%) amostras testadas, HBsAg em 5 (1,26%), NAT-HBV em 2 (0,50%), Anti-HCV em 30 (7,61%) e NAT HCV em 2 (0,50%). O anticorpo Anti-HIV foi reagente em 27 (6,83%) amostras e 5 (1,26%) positivas para NAT HIV. As amostras positivas para HTLV I e II e Chagas tiveram prevalências semelhantes no período, 26 (6,58%) e 20 (5,06%) respectivamente. Discussão: No período, pode-se observar que os marcadores sorológicos mais prevalentes foram Sífilis e Anti-HBc. Dentre os menos prevalentes aparecem anti-HIV I e II, anti- HTLV I e II e Chagas. Também foi possível observar que em razão da maior incidência da Doença de Chagas na zona rural de Pelotas, vimos este marcador presente com certa frequência, porém mantém-se como marcador menos prevalente dentre aqueles testados. Conclusão: As campanhas de conscientização para captação de doadores garantem o abastecimento dos bancos de sangue. Contudo, a ampliação do rastreio e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis auxiliam também na preservação de recursos, no aumento de candidatos aptos à doação e na segurança do ciclo do sangue. Também durante o trabalho, discutiu-se a inaptidão temporária à doação após 12 meses de pacientes que trataram corretamente sífilis. Apesar de permitida, muitos pacientes apresentam provas treponêmicas positivas, que apesar do tratamento correto, não obtiveram sororeversão. No caso das provas não treponêmicas podemos tanto encontrar pacientes que trataram corretamente, sororeverteram, e se tornam aptos pelo rastreio sorológico negativo ou que mantiveram a cicatriz sorológica e se tornam inaptos pela positividade. Levando em conta a elevada prevalência deste marcador em bolsas de sangue que são descartadas e consideradas inaptas mostra-se importante a caracterização do custo-benefício e segurança de cada teste.
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