Esquistossomose hepato-esplênica em crianças: avaliaçao morfológica e funcional após esplenectomia e auto-implante esplênico

A esquistossomose mansônica hepato-esplênica com varizes sangrantes do esôfago é infreqüente em crianças, entretanto, determina morbidade atingindo a produtividade desses futuros adultos. Uma das opções para o tratamento cirúrgico é a esplenectomia associada à ligadura da veia gástrica esquerda e es...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Carlos Teixeira Brandt, Bruno Santos Oliveira, Janaína de Brito M. Nogueira, Juliana Rodrigues Neves, Tércio Limongi Lopes
Format: Article
Language:English
Published: Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Series:Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69911998000600008&lng=en&tlng=en
_version_ 1811264079225946112
author Carlos Teixeira Brandt
Bruno Santos Oliveira
Janaína de Brito M. Nogueira
Juliana Rodrigues Neves
Tércio Limongi Lopes
author_facet Carlos Teixeira Brandt
Bruno Santos Oliveira
Janaína de Brito M. Nogueira
Juliana Rodrigues Neves
Tércio Limongi Lopes
author_sort Carlos Teixeira Brandt
collection DOAJ
description A esquistossomose mansônica hepato-esplênica com varizes sangrantes do esôfago é infreqüente em crianças, entretanto, determina morbidade atingindo a produtividade desses futuros adultos. Uma das opções para o tratamento cirúrgico é a esplenectomia associada à ligadura da veia gástrica esquerda e esclerose endoscópica das varizes, nos casos de recidiva hemorrágica. Auto-implante esplênico tem sido adicionado em crianças. Há evidências de que a esplenose pós-esplenectomia por trauma mantém, de forma parcial, as funções imunológica e de filtração esplênicas. Todavia, estudos semelhantes não foram realizados em pacientes esquistossomóticos. Foram analisados 23 pacientes, de 9 a 18 anos, com esquistossomose hepato-esplênica submetidos à esplenectomia, ligadura de veia gástrica esquerda e auto-implante esplênico no omento maior. Avaliou-se a função de filtração através da pesquisa de corpúsculos de Howell-Jolly em esfregaços de sangue periférico, cuja presença indica ausência ou insuficiência de função de filtração esplênica. Foi realizada análise morfológica da esplenose através de exame cintilográfico, usando enxofre coloidal, marcado com Tecnécio 99m. Observou-se captação dos implantes esplênicos em todos os pacientes, entretanto, em dois (8,7%), o número de nódulos esplênicos observados foi inferior a cinco, sendo considerado insuficiente. Em correspondência, esses dois pacientes foram os únicos que apresentaram positividade para corpúsculos de Howell-Jolly. Os dados confirmam o auto-implante esplênico no omento maior como método eficaz de produção de esplenose e manutenção da função de filtração esplênica em mais de 90% dos pacientes.
first_indexed 2024-04-12T19:56:41Z
format Article
id doaj.art-7f89034e96b848a2a3158396338569a0
institution Directory Open Access Journal
issn 1809-4546
language English
last_indexed 2024-04-12T19:56:41Z
publisher Colégio Brasileiro de Cirurgiões
record_format Article
series Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
spelling doaj.art-7f89034e96b848a2a3158396338569a02022-12-22T03:18:38ZengColégio Brasileiro de CirurgiõesRevista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões1809-454625639940210.1590/S0100-69911998000600008S0100-69911998000600008Esquistossomose hepato-esplênica em crianças: avaliaçao morfológica e funcional após esplenectomia e auto-implante esplênicoCarlos Teixeira Brandt0Bruno Santos Oliveira1Janaína de Brito M. Nogueira2Juliana Rodrigues Neves3Tércio Limongi Lopes4Universidade Federal de PernambucoUniversidade de PernambucoUniversidade de PernambucoUniversidade de PernambucoUniversidade de PernambucoA esquistossomose mansônica hepato-esplênica com varizes sangrantes do esôfago é infreqüente em crianças, entretanto, determina morbidade atingindo a produtividade desses futuros adultos. Uma das opções para o tratamento cirúrgico é a esplenectomia associada à ligadura da veia gástrica esquerda e esclerose endoscópica das varizes, nos casos de recidiva hemorrágica. Auto-implante esplênico tem sido adicionado em crianças. Há evidências de que a esplenose pós-esplenectomia por trauma mantém, de forma parcial, as funções imunológica e de filtração esplênicas. Todavia, estudos semelhantes não foram realizados em pacientes esquistossomóticos. Foram analisados 23 pacientes, de 9 a 18 anos, com esquistossomose hepato-esplênica submetidos à esplenectomia, ligadura de veia gástrica esquerda e auto-implante esplênico no omento maior. Avaliou-se a função de filtração através da pesquisa de corpúsculos de Howell-Jolly em esfregaços de sangue periférico, cuja presença indica ausência ou insuficiência de função de filtração esplênica. Foi realizada análise morfológica da esplenose através de exame cintilográfico, usando enxofre coloidal, marcado com Tecnécio 99m. Observou-se captação dos implantes esplênicos em todos os pacientes, entretanto, em dois (8,7%), o número de nódulos esplênicos observados foi inferior a cinco, sendo considerado insuficiente. Em correspondência, esses dois pacientes foram os únicos que apresentaram positividade para corpúsculos de Howell-Jolly. Os dados confirmam o auto-implante esplênico no omento maior como método eficaz de produção de esplenose e manutenção da função de filtração esplênica em mais de 90% dos pacientes.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69911998000600008&lng=en&tlng=enSchistosomiasis mansoniSplenectomySpleen tissue implantationSplenosis
spellingShingle Carlos Teixeira Brandt
Bruno Santos Oliveira
Janaína de Brito M. Nogueira
Juliana Rodrigues Neves
Tércio Limongi Lopes
Esquistossomose hepato-esplênica em crianças: avaliaçao morfológica e funcional após esplenectomia e auto-implante esplênico
Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Schistosomiasis mansoni
Splenectomy
Spleen tissue implantation
Splenosis
title Esquistossomose hepato-esplênica em crianças: avaliaçao morfológica e funcional após esplenectomia e auto-implante esplênico
title_full Esquistossomose hepato-esplênica em crianças: avaliaçao morfológica e funcional após esplenectomia e auto-implante esplênico
title_fullStr Esquistossomose hepato-esplênica em crianças: avaliaçao morfológica e funcional após esplenectomia e auto-implante esplênico
title_full_unstemmed Esquistossomose hepato-esplênica em crianças: avaliaçao morfológica e funcional após esplenectomia e auto-implante esplênico
title_short Esquistossomose hepato-esplênica em crianças: avaliaçao morfológica e funcional após esplenectomia e auto-implante esplênico
title_sort esquistossomose hepato esplenica em criancas avaliacao morfologica e funcional apos esplenectomia e auto implante esplenico
topic Schistosomiasis mansoni
Splenectomy
Spleen tissue implantation
Splenosis
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69911998000600008&lng=en&tlng=en
work_keys_str_mv AT carlosteixeirabrandt esquistossomosehepatoesplenicaemcriancasavaliacaomorfologicaefuncionalaposesplenectomiaeautoimplanteesplenico
AT brunosantosoliveira esquistossomosehepatoesplenicaemcriancasavaliacaomorfologicaefuncionalaposesplenectomiaeautoimplanteesplenico
AT janainadebritomnogueira esquistossomosehepatoesplenicaemcriancasavaliacaomorfologicaefuncionalaposesplenectomiaeautoimplanteesplenico
AT julianarodriguesneves esquistossomosehepatoesplenicaemcriancasavaliacaomorfologicaefuncionalaposesplenectomiaeautoimplanteesplenico
AT terciolimongilopes esquistossomosehepatoesplenicaemcriancasavaliacaomorfologicaefuncionalaposesplenectomiaeautoimplanteesplenico