Avaliação do estresse transcirúrgico em cadelas submetidas à ovariosalpingohisterectomia sob infusões de fentanil, lidocaína e de cetamina, associada ou não à dexmedetomidina
Cetamina e dexmedetomidina são fármacos com propriedades analgésicas indicados para controlar a dor cirúrgica. O objetivo deste estudo foi verificar o aumento do cortisol e glicemia através da infusão continua com dexmedetomidina e cetamina em cirurgia de ovariosalpingohisterectomia em cadelas, quan...
Main Authors: | , , , , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Sociedade de Medicina Veterinária do Estado do Rio de Janeiro
2020-12-01
|
Series: | Brazilian Journal of Veterinary Medicine |
Subjects: | |
Online Access: | http://rbmv.org/index.php/BJVM/article/view/1053 |
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author | Kleyton Domingos de Melo Ana Paula Monteiro Tenório Eduardo Alberto Tudury Mauro de Araújo Penaforte Junior Sabrina Cândido Trajano Maria Sheila da Silva Ferreira Gabriela Ratis Galeas Karine Silva Camargo |
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description | Cetamina e dexmedetomidina são fármacos com propriedades analgésicas indicados para controlar a dor cirúrgica. O objetivo deste estudo foi verificar o aumento do cortisol e glicemia através da infusão continua com dexmedetomidina e cetamina em cirurgia de ovariosalpingohisterectomia em cadelas, quando comparado ao uso do FLK (fentanil, lidocaína e cetamina) e ao grupo controle (sem analgesia transcirurgica). Para tal experimento foram utilizadas 40 cadelas jovens (3,8 ± 2,8 anos), sem raça definida, com massa corpórea média de 9,8 ± 2,4 kg. Esses animais foram alocados em 5 grupos de acordo com a técnica anestésica preconizada: o grupo GCO considerado o controle para dor; no grupo GFLK, considerado controle para analgesia, procedeu-se infusão continua de fentanil (50 μg/mL), cetamina (30 mg) e lidocaína (150 mg) ou FLK diluídos em 500 mL de solução fisiológica a 0,9% e infudidos, após bolus de fentanil na dose de 5 μg /kg, a uma taxa de 10 mg/kg/h, equivalente a: 0,03 μg/kg/min de fentanil, associados a 50 μg/kg/min de lidocaína e 10 μg/kg/min de cetamina; cerca de 5 minutos antes da incisão cirúrgica; no grupo GCE foi infundido no momento da cirurgia apenas com cetamina na dose de 10 μg/kg/min, após administração intravenosa de 2 mg/kg; no grupo GDEX, a infusão foi feita com dexmedetomidina 2 μg/kg diluída em um volume de 20 mL de NaCl 0,9%, iniciando com uma infusão de 2 μg/kg em 5 minutos, seguida de uma taxa de infusão de 2 μg/kg/h; já o grupo GDEXCE recebeu um bolus de dexmedetomidina 2 μg/kg mais cetamina 2 mg/kg diluída em 20 mL de solução de NaCl 0,9%, por via intravenosa, durante um período de cinco minutos. Na sequência, procedeu-se a infusão do alfa-2 agonista na dose de 2 μg/kg/h, diluída em 20 mL de NaCl 0,9%, mais cetamina por infusão contínua de 10 μg/kg/min. De acordo com os resultados obtidos, pôde-se verificar que houve redução significativa na dose de cortisol no M5 dos animais do grupo GDEXCE quando comparado ao grupo GCO, porém os valores de cortisol e glicemia no momento pós-extubação foram influenciados pela ação dos fármacos. Logo, o cortisol e glicemia não são considerados parâmetros eficazes para avaliação do estresse transcirúrgico em cadelas anestesiadas com dexmedetomidina mais cetamina submetidas à ovariosalpingohisterectomia; considerando os parâmetros hemodinâmicos e comportamentais, nos animais do grupo GDEXCE, a dexmedetomidina associada com cetamina reduziu o estresse cirúrgico dos animais em estudo. |
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