O ambiente doméstico como lugar do crime de feminicídio:

Neste artigo, nos propomos a analisar de que modo o conto “Porém igualmente” de Marina Colasanti, assim como os dados do período da Pandemia COVID-19, denunciam que o ambiente doméstico se constitui como o lugar do crime por excelência do feminicídio. A metodologia utilizada consiste na leitura ana...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ângela Paula Nunes Ferreira
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Maringá 2020-09-01
Series:Revista Espaço Acadêmico
Subjects:
Online Access:https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/54995
Description
Summary:Neste artigo, nos propomos a analisar de que modo o conto “Porém igualmente” de Marina Colasanti, assim como os dados do período da Pandemia COVID-19, denunciam que o ambiente doméstico se constitui como o lugar do crime por excelência do feminicídio. A metodologia utilizada consiste na leitura analítico-discursiva da narrativa e da análise de dados relativos à violência doméstica e familiar contra a mulher e especificamente ao feminicídio durante o período de isolamento social por ocasião da Pandemia COVID-19. A narrativa analisada e os dados que demonstram o aumento da violência doméstica e de feminicídios neste período escancaram uma nefasta realidade de milhares de mulheres: a casa se apresenta como um espaço de violência e opressão para as mulheres, que sob a falácia da proteção da intimidade e privacidade familiar, têm o seu sofrimento cotidiano invisibilizado e que conforme os dados evidenciam, não raramente culmina com o feminicídio.   Palavras-chave: Texto literário. Denúncia social. Feminicídio. Espaço Doméstico.
ISSN:1519-6186