“Há crianças portuguesas que só falam ‘brasileiro’”: indústria cultural, meios massivos de comunicação e contatos intralinguísticos no espaço variacional lusófono a partir de uma perspectiva histórica
A matéria intitulada “Há crianças portuguesas que só falam ‘brasileiro’”, publicada no Diário de Notícias em 10 de novembro de 2021, popularizou-se rapidamente, suscitando inúmeros debates sobre preconceito linguístico/discriminação linguística e, inclusive, xenofobia. Um tema crucial, no entanto, p...
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Published: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro
2023-04-01
|
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description | A matéria intitulada “Há crianças portuguesas que só falam ‘brasileiro’”, publicada no Diário de Notícias em 10 de novembro de 2021, popularizou-se rapidamente, suscitando inúmeros debates sobre preconceito linguístico/discriminação linguística e, inclusive, xenofobia. Um tema crucial, no entanto, permaneceu pouco explorado: a questão de como a indústria cultural e os meios massivos de comunicação podem afetar as crenças e atitudes dos falantes – ou mesmo a própria língua, ao propiciar situações de contato que podem resultar em mudança linguística. Neste ensaio, partir-se-á do caso relatado pelo jornal português para discutir o papel dos meios massivos de comunicação como agentes facilitadores de contatos linguísticos. Para tanto, apresentar-se-á, inicialmente, uma breve análise do percurso histórico que levou à conformação do pluricentrismo do português, assim como ao atual sistema de interações entre variedades no espaço variacional lusófono. A seguir, serão propostas algumas reflexões sobre o impacto da indústria cultural e dos meios massivos de comunicação na difusão de determinadas variedades – tomando como exemplo o caso do português brasileiro em Portugal. |
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spelling | doaj.art-81a06bd4b0ac4046891e107933fec4a92024-02-29T00:03:43ZporUniversidade Federal do Rio de JaneiroRevista Linguística1808-835X2238-975X2023-04-0119110.31513/linguistica.2023.v19n1a57291“Há crianças portuguesas que só falam ‘brasileiro’”: indústria cultural, meios massivos de comunicação e contatos intralinguísticos no espaço variacional lusófono a partir de uma perspectiva históricaVirginia Sita Farias0https://orcid.org/0000-0002-2991-3212Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP)A matéria intitulada “Há crianças portuguesas que só falam ‘brasileiro’”, publicada no Diário de Notícias em 10 de novembro de 2021, popularizou-se rapidamente, suscitando inúmeros debates sobre preconceito linguístico/discriminação linguística e, inclusive, xenofobia. Um tema crucial, no entanto, permaneceu pouco explorado: a questão de como a indústria cultural e os meios massivos de comunicação podem afetar as crenças e atitudes dos falantes – ou mesmo a própria língua, ao propiciar situações de contato que podem resultar em mudança linguística. Neste ensaio, partir-se-á do caso relatado pelo jornal português para discutir o papel dos meios massivos de comunicação como agentes facilitadores de contatos linguísticos. Para tanto, apresentar-se-á, inicialmente, uma breve análise do percurso histórico que levou à conformação do pluricentrismo do português, assim como ao atual sistema de interações entre variedades no espaço variacional lusófono. A seguir, serão propostas algumas reflexões sobre o impacto da indústria cultural e dos meios massivos de comunicação na difusão de determinadas variedades – tomando como exemplo o caso do português brasileiro em Portugal.https://revistas.ufrj.br/index.php/rl/article/view/57291espaço variacional lusófonopluricentrismocontatos (intra)linguísticosmeios de comunicação massiva |
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