A VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM UM FRAGMENTO FLORESTAL URBANO: INFLUÊNCIA DE EXÓTICAS INVASORAS NA COMUNIDADE VEGETAL

O crescimento urbano desordenado da região metropolitana de São Paulo resultou na supressão da maior parte da vegetação natural, restando apenas os remanescentes protegidos em Unidades de Conservação de Proteção Integral, entre eles o Parque Estadual Alberto Löfgren – PEAL. Este estudo teve como ob...

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Bibliographic Details
Main Authors: Silvana Cristina Pereira Muniz de Souza, Geraldo Antonio Daher Côrrea Franco, Natália Macedo Ivanauskas, Athos Geraldo da Silva
Format: Article
Language:English
Published: Instituto Florestal 2016-06-01
Series:Revista do Instituto Florestal
Subjects:
Online Access:https://rif.emnuvens.com.br/revista/article/view/111
Description
Summary:O crescimento urbano desordenado da região metropolitana de São Paulo resultou na supressão da maior parte da vegetação natural, restando apenas os remanescentes protegidos em Unidades de Conservação de Proteção Integral, entre eles o Parque Estadual Alberto Löfgren – PEAL. Este estudo teve como objetivos detectar o estágio sucessional da vegetação secundária do PEAL e verificar a interferência de espécies exóticas no processo sucessional. Para isto, foi realizado um levantamento fitossociológico em um trecho contínuo de 4,8 ha, onde foram alocadas de modo aleatório 30 parcelas de 20 x 20 m e amostrados todos os indivíduos arbóreos e arbustivos com PAP ≥ 15 cm. Foram registradas 121 espécies (35 exóticas), pertencentes a 102 gêneros e 44 famílias, sendo as nativas clasificadas como 23% pioneiras, 54% secundárias, 16% clímax de dossel e 7% clímax de subosque. A síndrome de dispersão predominante foi a zoocoria, com 60% das espécies amostradas. Onze espécies foram consideradas ameaçadas de extinção. A densidade total obtida foi de 1.400 ind.ha-1, o índice de Shannon (H’) foi de 3,38 e a equabilidade 0,70. Entre as doze espécies de maior valor de importância, metade foi exótica. Concluiu-se que o PEAL permanece na condição de estágio inicial de sucessão e apresenta alto grau de colonização por espécies invasoras, o que compromete o avanço sucessional da área. A fim de evitar o agravamento desse processo, com a propagação das espécies exóticas para o interior das florestas naturais da Serra da Cantareira, recomenda-se a adoção de um programa integrado, que contemple o controle das exóticas e o enriquecimento com espécies nativas regionais. Neste estudo, são feitas sugestões indicando as espécies exóticas que devem ter o manejo priorizado para viabilizar o retorno dos processos de sucessão ecológica.
ISSN:0103-2674
2178-5031