Promessa ou conquista? Virgílio e a bandeira de Minas Gerais (1788-1963)

A Inconfidência Mineira é o único episódio do passado colonial que figura no calendário cívico brasileiro como um feriado. Além de associada à figura de Tiradentes, não por acaso oficialmente assemelhada à imagem de Cristo, a bandeira que os inconfidentes teriam esboçado acabou oficializada em 1963...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Alexandre Pinheiro Hasegawa, Joaci Pereira Furtado
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 2021-04-01
Series:Revista de História
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/171248
Description
Summary:A Inconfidência Mineira é o único episódio do passado colonial que figura no calendário cívico brasileiro como um feriado. Além de associada à figura de Tiradentes, não por acaso oficialmente assemelhada à imagem de Cristo, a bandeira que os inconfidentes teriam esboçado acabou oficializada em 1963 na forma hoje conhecida e tornou-se outro símbolo da conjura eleita como instante fundador da emancipação nacional. Porém, o lema que a compõe – Libertas quæ sera tamen – necessitava de exame mais acurado e de uma compreensão mais precisa da intenção dos inconfidentes, em especial Alvarenga Peixoto, ao escolher esse fragmento das Éclogas de Virgílio (1.27), correntemente traduzido como “Liberdade, ainda que tardia”. Este artigo propõe outra tradução – e, portanto, nova interpretação para esse fragmento.
ISSN:0034-8309
2316-9141