O murmurante evocador do passado: A Montanha Mágica e o romance de formação após a Primeira Guerra Mundial

Este artigo busca compreender como A montanha mágica (1924), romance de Thomas Mann (1875-1955), é uma elaboração diante do desafio imposto pela Primeira Guerra Mundial à literatura, mais precisamente como seria possível, com a crise inaugurada com o conflito, escrever um romance de formação. A lite...

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Bibliographic Details
Main Author: Pedro Spinola Pereira Caldas
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) 2014-12-01
Series:História da Historiografia
Subjects:
Online Access:https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/802
Description
Summary:Este artigo busca compreender como A montanha mágica (1924), romance de Thomas Mann (1875-1955), é uma elaboração diante do desafio imposto pela Primeira Guerra Mundial à literatura, mais precisamente como seria possível, com a crise inaugurada com o conflito, escrever um romance de formação. A literatura especializada já discute há algum tempo sobre a caracterização e definição de A montanha mágica como romance de formação, e, frequentemente, quando se decide pela identificação do romance com este gênero específico de romance, a obra de Mann é classificada como paródia. Meu objetivo consiste em mostrar como a paródia é somente uma das compreensões de tempo presentes no romance. Tentarei, portanto, mostrar como, além de uma relação paródica com o passado, podemos perceber, sobretudo com o auxílio do estudo de cartas, diárias e ensaios de Thomas Mann produzidos entre 1914 e 1924, como o passado pode ser superado, mas, sobretudo, angustiado. Assim, procura-se, neste estudo, compreender, a partir de A montanha mágica, a angústia como uma forma pela qual o passado escapa de ser superado ou manipulado pela paródia. Ele também pode surpreender e nos afetar, suspendendo tentativas de controle e uso.
ISSN:1983-9928