Preparações Vaginais: Ontem, Hoje e Amanhã
As preparações farmacêuticas para aplicação vaginal são usadas desde a Antiguidade para tratar afeções vaginais. A atuação local de fármacos administrados na vagina promove a eficácia dos tratamentos e diminui possíveis efeitos tóxicos. Além disso, algumas moléculas pequenas e lipófilas conseguem p...
| Main Authors: | , , |
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| Format: | Article |
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Formifarma, LDA.
2020-11-01
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| Series: | Revista Portuguesa de Farmacoterapia |
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| Online Access: | http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/299 |
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| author | Armanda do Carmo Ferreira Abreu de Sousa Correia Ana Catarina Silva José Manuel Sousa Lobo |
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As preparações farmacêuticas para aplicação vaginal são usadas desde a Antiguidade para tratar afeções vaginais. A atuação local de fármacos administrados na vagina promove a eficácia dos tratamentos e diminui possíveis efeitos tóxicos. Além disso, algumas moléculas pequenas e lipófilas conseguem permear a parede vaginal, sendo absorvidas para a corrente circulatória. A possibilidade de absorção sistémica através da vagina destaca-a como uma alternativa à via oral, com vantagens como o facto de evitar a primeira passagem hepática e os efeitos adversos gastrintestinais que se verificam com alguns fármacos.
As formas farmacêuticas de libertação modificada permitem melhorar alguns aspetos da farmacocinética dos fármacos e tornam as administrações menos frequentes, o que promove a adesão à terapêutica e, consequentemente, a eficácia. As estratégias de libertação modificada para a via vaginal incluem sistemas de libertação, como anéis ou películas vaginais, sistemas mucoadesivos e nanossistemas.
Novas possibilidades terapêuticas adequadas a esta via têm surgido, das quais se destacam a administração de microbicidas para prevenção da transmissão do virus da imunodeficiência humana e a administração de biofármacos, incluindo vacinas e anticorpos monoclonais com propriedades espermicidas, antivíricas e antifúngicas.
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| publisher | Formifarma, LDA. |
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| spelling | doaj.art-8455489332b446b2ad2803b7730e61252023-08-29T22:48:31ZengFormifarma, LDA.Revista Portuguesa de Farmacoterapia1647-354X2183-73412020-11-0112310.25756/rpf.v12i3.249Preparações Vaginais: Ontem, Hoje e AmanhãArmanda do Carmo Ferreira Abreu de Sousa Correia0Ana Catarina Silva1José Manuel Sousa Lobo2UCIBIO/REQUIMTE, MedTec - Laboratório de Tecnologia Farmacêutica, Departamento de Ciências do Medicamento, Faculdade de Farmácia, Universidade do Porto, Porto, PortugalUCIBIO/REQUIMTE, MedTec - Laboratório de Tecnologia Farmacêutica, Departamento de Ciências do Medicamento, Faculdade de Farmácia, Universidade do Porto, Porto, Portugal; Unidade de Investigação UFP em Energia, Ambiente e Saúde (FP-ENAS), Centro de Estudos em Biomedicina (CEBIMED), Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal.UCIBIO/REQUIMTE, MedTec - Laboratório de Tecnologia Farmacêutica, Departamento de Ciências do Medicamento, Faculdade de Farmácia, Universidade do Porto, Porto, Portugal As preparações farmacêuticas para aplicação vaginal são usadas desde a Antiguidade para tratar afeções vaginais. A atuação local de fármacos administrados na vagina promove a eficácia dos tratamentos e diminui possíveis efeitos tóxicos. Além disso, algumas moléculas pequenas e lipófilas conseguem permear a parede vaginal, sendo absorvidas para a corrente circulatória. A possibilidade de absorção sistémica através da vagina destaca-a como uma alternativa à via oral, com vantagens como o facto de evitar a primeira passagem hepática e os efeitos adversos gastrintestinais que se verificam com alguns fármacos. As formas farmacêuticas de libertação modificada permitem melhorar alguns aspetos da farmacocinética dos fármacos e tornam as administrações menos frequentes, o que promove a adesão à terapêutica e, consequentemente, a eficácia. As estratégias de libertação modificada para a via vaginal incluem sistemas de libertação, como anéis ou películas vaginais, sistemas mucoadesivos e nanossistemas. Novas possibilidades terapêuticas adequadas a esta via têm surgido, das quais se destacam a administração de microbicidas para prevenção da transmissão do virus da imunodeficiência humana e a administração de biofármacos, incluindo vacinas e anticorpos monoclonais com propriedades espermicidas, antivíricas e antifúngicas. http://revista.farmacoterapia.pt/index.php/rpf/article/view/299Absorção Vaginal; Administração Intravaginal; Cremes, Espumas e Géis Vaginais; Nanopartículas; Portadores de Fármacos; Sistemas de Libertação de Medicamentos. |
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