PRINCIPAIS REAÇÕES ADVERSAS À DOAÇÃO DE SANGUE TOTAL EM UM HEMOCENTRO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ

Introdução/objetivo: Apesar de todos os cuidados de enfermagem prestados ao doador de sangue, sendo eles cuidados básicos ou avançados, ainda não é possível isentá-lo das reações adversas que envolvem a doação de sangue, mesmo que mínimas e sem prejuízos a saúde. Este trabalho teve como objetivo ide...

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Bibliographic Details
Main Authors: LLM Silva, EPM Ferreira, CRD Pereira, VSM Ferreira
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2023-10-01
Series:Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923014050
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EPM Ferreira
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description Introdução/objetivo: Apesar de todos os cuidados de enfermagem prestados ao doador de sangue, sendo eles cuidados básicos ou avançados, ainda não é possível isentá-lo das reações adversas que envolvem a doação de sangue, mesmo que mínimas e sem prejuízos a saúde. Este trabalho teve como objetivo identificar as principais reações adversas ocorridas em doadores de sangue total em um Hemocentro Público do Estado do Pará. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quantitativa. Foi realizado um levantamento de dados através do Sistema de Indicadores do Hemocentro, utilizado para avaliar as taxas reações adversas ocorridas. O período escolhido para o estudo foi entre os meses de janeiro à dezembro de 2022. Importa destacar que os dados utilizados já se encontravam agrupados pela gerência de forma a garantir o anonimato dos doadores envolvidos. Resultados: No ano de 2022 foram realizadas 52.932 doações de sangue total, destas 254 doadores apresentaram alguma reação adversa. As reações adversas  apresentadas pelos doadores foram: Lipotimia,  Palidez cutânea, desmaio, convulsão, náusea, vômito, hipotensão e hematoma, representando um total de 0,4% de todas as doações de sangue total realizadas. As reações adversas apresentaram o seguinte perfil: 41 % Lipotimia, 18 % Palidez Cutânea, 9% hipotensão, 8% desmaio, 8% náuseas, 8% convulsão, 7% vômito e 1% hematoma. Discussão: Os resultados apontam que houve predominância de reações sistêmicas à doação de sangue. Tal resultado corrobora com dados apresentados na literatura. E, está de acordo com a meta estipulada pelo Hemocentro, devendo ser inferior à 2% das doações de sangue total. A partir do momento que fica demonstrado estatisticamente o perfil das reações, um trabalho minucioso deve iniciar objetivando minimizar as reações adversas. Esses dados devem nortear os cuidados de enfermagem prestados pelos profissionais inseridos no cuidado ao doador de sangue. Importa destacar que um cuidado de enfermagem que está totalmente relacionado à baixa incidência de reações adversas é a permanência do doador jovem e/ou doador de 1ºvez na poltrona de doação por 15 minutos após a conclusão do procedimento. Conclusão: Toda reação adversa apresentada pelo doador, pode levar experiências negativas relacionadas à doação de sangue, gerando ser um entrave em torná-lo um doador de repetição, bem como, pode prejudicar  a mobilização que poderia ser realizada por este no sentido de incentivar pessoas a se tronarem doadores de sangue. E, sobretudo, diminuir o estoque de hemocomponentes. O Hemocentro alvo da pesquisa desenvolve cotidianamente cuidados de enfermagem para que a experiência do doador de sangue seja a melhor e mais tranquila possível. Por meio deste cuidado, 99,6% dos doadores saem do hemocentro sem apresentar qualquer reação adversa. Ratificamos que a humanização dos profissionais favorece o diálogo e o atendimento a este doador, contribuindo para que este entenda todo o processo que envolve a doação de sangue, minimizando a ocorrência de eventos adversos. Considerando ainda, capacitações profissionais permanentes na perspectiva da garantia de um atendimento de qualidade.
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