E se nós fossemos Jacques Rivière?

A relação epistolar entre AntoninArtaud e seu editor, Jacques Rivière, sugere neste artigo a possibilidade de uma outra maneira de se relacionar com a chamada loucura. Propõe uma visão que permite um freio para a patologização constante das identidades sociais no campo da saúde mental. Para Rivière,...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Martin Correa-Urquiza
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2018-01-01
Series:Revista Polis e Psique
Subjects:
Online Access:http://seer.ufrgs.br/index.php/PolisePsique/article/view/80425
Description
Summary:A relação epistolar entre AntoninArtaud e seu editor, Jacques Rivière, sugere neste artigo a possibilidade de uma outra maneira de se relacionar com a chamada loucura. Propõe uma visão que permite um freio para a patologização constante das identidades sociais no campo da saúde mental. Para Rivière, Artaud era antes poeta do que louco; escritor antes que sujeito da loucura, e a partir daí o interpela, o acompanha. O editor aparece, então, como um tipo de gentil provocador, um hipocrático literário, um gerador de novos contextos de possibilidades, de canais para o fluir criativo de Artaud. E foi precisamente esse fluir acompanhado, o que mais tarde permitiria ao poeta francés, conseguir uma relativa recuperação. O artigo é apresentado como um breve ensaio teórico a partir do qual propõe a possível exploração de outras formas de se relacionar com a questão do sofrimento psíquico e da saúde mental.
ISSN:2238-152X
2238-152X