Atividade das Unidades de Saúde Familiares da Área Metropolitana do Porto no Facebook em ano de COVID-19

Introdução: As redes sociais têm possibilitado, nos últimos anos, novas formas de interação entre pessoas e entidades e a partilha escalável de conteúdos de diversas áreas, embora nem sempre de forma criteriosa. Objetivos: Caracterizar a presença de páginas das Unidades de Saúde Familiar da Área Me...

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Main Author: André Fernandes Correia
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 2022-04-01
Series:Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
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Online Access:https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/2931
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description Introdução: As redes sociais têm possibilitado, nos últimos anos, novas formas de interação entre pessoas e entidades e a partilha escalável de conteúdos de diversas áreas, embora nem sempre de forma criteriosa. Objetivos: Caracterizar a presença de páginas das Unidades de Saúde Familiar da Área Metropolitana do Porto (Portugal) na plataforma Facebook à data de dezembro de 2020, suas métricas de idade, seguidores, publicações e interações num dado intervalo de tempo e sua distribuição por modelo organizacional (Unidades de Saúde Familiar–A/B) e Agrupamento de Centros de Saúde; verificar a tendência de criação de páginas em 2020 – ano de pandemia por COVID-19 – e aferir as temáticas abordadas pelas 50 publicações dos últimos 60 dias que obtiveram mais interações. Métodos: Estudo exploratório transversal, descritivo e analítico, com verificação individual das páginas das Unidades de Saúde Familiar da Área Metropolitana do Porto a 30 de dezembro de 2020 e obtenção de métricas relativas a um intervalo de 60 dias de atividade por meio da página Fanpage Karma. Foram calculadas frequências, intervalos, médias e medianas e aplicados testes paramétricos e não paramétricos. Resultados: Das 135 Unidades de Saúde Familiar funcionantes (64% Unidades de Saúde Familiar–B), 53% tinham página ativa (61% Unidades de Saúde Familiar–B, p<0,05), variando entre 0 e 81,3% das Unidades de Saúde Familiar em cada Agrupamento de Centros de Saúde, criadas nos últimos dez anos (mediana 4,6 anos, Unidades de Saúde Familiar–A 1,5 versus Unidades de Saúde Familiar–B 5,3, p<0,05), com crescimento de 44% no ano de 2020. O número de seguidores distribui-se heterogeneamente entre diferentes Unidades de Saúde Familiar e Agrupamento de Centros de Saúde, contudo sem diferenças entre modelos de Unidades de Saúde Familiar, não ultrapassando o milhar em 69% das páginas, e com apenas cinco páginas alcançando mais de 2 mil seguidores. Das páginas ativas, 75% (54/72) publicaram em média 0,3 vez por dia nos últimos 60 dias. Não se verificam associações significativas entre o número de seguidores ou entre modelos Unidades de Saúde Familiar–A/B e o tempo da última publicação ou o número de publicações a 60 dias. Durante esse tempo, foram geradas 15.913 interações (média de 18,8 por publicação). Analisadas as 50 publicações com mais interações dos últimos 60 dias, verifica-se o predomínio de temas relacionados com a COVID-19 e com questões organizacionais e burocráticas, efemérides relativas às Unidades de Saúde Familiar e informação/promoção da vacina contra a COVID-19. Discussão: Admite-se haver aplicação reduzida pelas Unidades de Saúde Familiar (embora crescente em ano de pandemia) do potencial comunicacional e colaborativo das redes sociais. Havendo margem de progressão, estas podem constituir uma ferramenta complementar e interativa para a promoção do acesso e a melhoria da qualidade dos serviços, o combate à desinformação, a capacitação para a saúde dos cidadãos e a melhoria de resultados em saúde.
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