RELAÇÃO ENTRE O TEMPO DE PERMANÊNCIA E MOTIVO DA RETIRADA DE CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA DOS PACIENTES ONCO-HEMATOLÓGICOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DO AMAZONAS
Introdução: O cateter central de inserção periférica (PICC), é um dispositivo invasivo que traz benefícios a longo prazo para pacientes que necessitam de longos períodos de internação, visto que, quando realizado a manutenção devida como trocas de curativos na técnica asséptica e lavagem do cateter...
Main Authors: | , , , , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier
2023-10-01
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Series: | Hematology, Transfusion and Cell Therapy |
Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923019399 |
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author | JS Cristino EC Cardoso MPSS Carvalho JFM Melo TR Alves MLS Moraes EGS Oliveira JPD Santos |
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description | Introdução: O cateter central de inserção periférica (PICC), é um dispositivo invasivo que traz benefícios a longo prazo para pacientes que necessitam de longos períodos de internação, visto que, quando realizado a manutenção devida como trocas de curativos na técnica asséptica e lavagem do cateter antes e após o uso, este pode permanecer implantado por até mais de 1 ano no paciente. Isso evita a necessidade de múltiplas punções com outros acessos de curta permanência, diminuindo a exposição a procedimentos invasivos. Objetivo: Descrever a relação entre o tempo de permanência e motivo de retirada de cateter central de inserção periférica dos pacientes onco-hematológicos em um centro de referência do Amazonas no ano de 2022. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, prospectivo de abordagem quantitativa, realizado no ano de 2022 em um centro de referência de onco-hematologia do Amazonas. Os dados foram coletados a partir de uma planilha de controle de implantação e retirada de PICC dos pacientes internados ou em atendimento ambulatorial. Resultados: Durante o ano de 2022 tivemos um total de 120 tentativas de implantação de PICC, onde 108 (90%) foram implantados com sucesso e 12 (10%) não progrediram na implantação ou o paciente evoluiu a óbito. Daqueles que foram implantados ao separarmos por faixa etária de paciente, observou-se um total de 66 (61,1%) em pacientes adultos e 42 (38,8%) em pacientes pediátricos. A média de idade nos adultos foi de 39,5 (DP ± 16,04) anos, e entre os pacientes pediátricos foi de 9,8 (DP ± 3,3) anos. O tempo médio de permanência dos cateteres retirados nos pacientes adultos foi de 40 dias (mín: 5/máx: 123) e entre os pacientes pediátricos foi de 84 dias (mín: 6/máx: 202). Observou-se um total de 26 (24,07%) cateter retirados precocemente, onde desses 24 (21,6%) foram retirados por motivo de suspeita ou confirmação de infecção, 1 (0,9%) por tração e 1 (0,9%) por infiltração. Discussão: O cateter central de inserção periférica permite ao paciente uma menor exposição a procedimentos invasivos por se tratar de um acesso venoso de longa permanência e isso ainda permite a infusão do tratamento prolongado com medicamentos vesicantes como a quimioterapia feita nos pacientes onco-hematológicos. A necessidade de preservação da rede venosa em pacientes com este perfil é crucial, uma vez que o tratamento onco-hematológico é longo e o acesso venoso não é utilizado somente para a quimioterapia, mas também para coletas e transfusão de sangue, administração de variados medicamentos, antibioticoterapia e soros para hidratação. O principal motivo para retirada precoce desse dispositivo no nosso estudo foi a suspeita ou presença de infecção. Isso ocorre provavelmente devido a não conformidades nas medidas de prevenção a infecção, como: higienização das mãos; utilização de precauções de barreira; realização da antissepsia com clorexidina alcoólica; seleção do sítio de punção e avaliação contínua do uso do cateter. Conclusão: O tempo de permanência do PICC está diretamente relacionada ao manuseio correto do dispositivo. O paciente onco-hematológico tem como peculiaridade longos períodos de internação. Logo a implantação de um cateter de longa permanência, como o PICC, faz-se imprescindível para uma terapêutica de qualidade. Pesquisar sobre esta temática ajuda a dar visibilidade ao assunto, gerando suporte para a tomada de decisão de implantação de um cateter de longa permanência e seus cuidados e manutenção adequados. |
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spelling | doaj.art-880f922fcfd041df8c64fc9df2763a9d2023-10-20T06:48:03ZengElsevierHematology, Transfusion and Cell Therapy2531-13792023-10-0145S982S983RELAÇÃO ENTRE O TEMPO DE PERMANÊNCIA E MOTIVO DA RETIRADA DE CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA DOS PACIENTES ONCO-HEMATOLÓGICOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DO AMAZONASJS Cristino0EC Cardoso1MPSS Carvalho2JFM Melo3TR Alves4MLS Moraes5EGS Oliveira6JPD Santos7Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM, BrasilUniversidade Nilton Lins, Manaus, AM, BrasilUniversidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM, BrasilUniversidade Paulista (UNIP), São Paulo, SP, BrasilUniversidade Nilton Lins, Manaus, AM, BrasilCentro de Ensino Literatus, Manaus, AM, BrasilFaculdade Metropolitana de Manaus, Manaus, AM, BrasilUniversidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM, BrasilIntrodução: O cateter central de inserção periférica (PICC), é um dispositivo invasivo que traz benefícios a longo prazo para pacientes que necessitam de longos períodos de internação, visto que, quando realizado a manutenção devida como trocas de curativos na técnica asséptica e lavagem do cateter antes e após o uso, este pode permanecer implantado por até mais de 1 ano no paciente. Isso evita a necessidade de múltiplas punções com outros acessos de curta permanência, diminuindo a exposição a procedimentos invasivos. Objetivo: Descrever a relação entre o tempo de permanência e motivo de retirada de cateter central de inserção periférica dos pacientes onco-hematológicos em um centro de referência do Amazonas no ano de 2022. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, prospectivo de abordagem quantitativa, realizado no ano de 2022 em um centro de referência de onco-hematologia do Amazonas. Os dados foram coletados a partir de uma planilha de controle de implantação e retirada de PICC dos pacientes internados ou em atendimento ambulatorial. Resultados: Durante o ano de 2022 tivemos um total de 120 tentativas de implantação de PICC, onde 108 (90%) foram implantados com sucesso e 12 (10%) não progrediram na implantação ou o paciente evoluiu a óbito. Daqueles que foram implantados ao separarmos por faixa etária de paciente, observou-se um total de 66 (61,1%) em pacientes adultos e 42 (38,8%) em pacientes pediátricos. A média de idade nos adultos foi de 39,5 (DP ± 16,04) anos, e entre os pacientes pediátricos foi de 9,8 (DP ± 3,3) anos. O tempo médio de permanência dos cateteres retirados nos pacientes adultos foi de 40 dias (mín: 5/máx: 123) e entre os pacientes pediátricos foi de 84 dias (mín: 6/máx: 202). Observou-se um total de 26 (24,07%) cateter retirados precocemente, onde desses 24 (21,6%) foram retirados por motivo de suspeita ou confirmação de infecção, 1 (0,9%) por tração e 1 (0,9%) por infiltração. Discussão: O cateter central de inserção periférica permite ao paciente uma menor exposição a procedimentos invasivos por se tratar de um acesso venoso de longa permanência e isso ainda permite a infusão do tratamento prolongado com medicamentos vesicantes como a quimioterapia feita nos pacientes onco-hematológicos. A necessidade de preservação da rede venosa em pacientes com este perfil é crucial, uma vez que o tratamento onco-hematológico é longo e o acesso venoso não é utilizado somente para a quimioterapia, mas também para coletas e transfusão de sangue, administração de variados medicamentos, antibioticoterapia e soros para hidratação. O principal motivo para retirada precoce desse dispositivo no nosso estudo foi a suspeita ou presença de infecção. Isso ocorre provavelmente devido a não conformidades nas medidas de prevenção a infecção, como: higienização das mãos; utilização de precauções de barreira; realização da antissepsia com clorexidina alcoólica; seleção do sítio de punção e avaliação contínua do uso do cateter. Conclusão: O tempo de permanência do PICC está diretamente relacionada ao manuseio correto do dispositivo. O paciente onco-hematológico tem como peculiaridade longos períodos de internação. Logo a implantação de um cateter de longa permanência, como o PICC, faz-se imprescindível para uma terapêutica de qualidade. Pesquisar sobre esta temática ajuda a dar visibilidade ao assunto, gerando suporte para a tomada de decisão de implantação de um cateter de longa permanência e seus cuidados e manutenção adequados.http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923019399 |
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