A criança no Estado Novo: uma leitura na longa duração
O artigo trata do discurso que justificou a constituição do programa de proteção materno-infantil lançado durante o Estado Novo, em 1940, a partir da criação do Departamento Nacional da Criança. Sustenta-se aqui a idéia de que ele correspondeu a uma leitura conservadora da metáfora dualista, formali...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Associação Nacional de História (ANPUH)
1999-01-01
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Series: | Revista Brasileira de História |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01881999000200008 |
Summary: | O artigo trata do discurso que justificou a constituição do programa de proteção materno-infantil lançado durante o Estado Novo, em 1940, a partir da criação do Departamento Nacional da Criança. Sustenta-se aqui a idéia de que ele correspondeu a uma leitura conservadora da metáfora dualista, formalizada no século XVIII, que resultou em demonização do adulto e endeusamento da criança. Para tanto, o discurso é remontado em seus elementos fundamentais e comparado com duas interpretações diferentes sobre o mesmo tema, com as quais se defrontou: a proposta de política social do movimento feminista (dos anos 30) e uma análise crítica do sociólogo Guerreiro Ramos. Ao fim, procura-se demonstrar que elementos inscritos na mentalidade coletiva podem ser lidos de maneiras diversas.<br>This article analizes the discourse that justified the launching of a chilcare programe by the Estado Novo regime, in 1940, with the foundatiton of the Departamento Nacional da Criança. I argue that this discourse belonged to a conservative view of the dualist metaphor concerning adults and children behavior as a struggle between Evel and Goodness, started in the XVIII century. Here, the discourse is depicted into its fundamental elements and compared to two differentes interpretations on the same issue: the feminist moviment project of social care and a critical study by the sociologist Guerreiro Ramos. I argue that simbolic elements of a collective mentality can be read in different ways. |
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ISSN: | 0102-0188 1806-9347 |