Liberdade para o capital

Em 1951, uma poderosa agência da sociedade civil surgiu sob o crivo da Fundação Getúlio Vargas: o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), unidade que desde cedo elaborou e veiculou estratégias para a construção de um consenso em torno da “modernização conservadora” das estruturas capitalistas do pa...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rafael Brasil
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Juiz de Fora 2022-05-01
Series:Locus
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufjf.br/index.php/locus/article/view/33726
Description
Summary:Em 1951, uma poderosa agência da sociedade civil surgiu sob o crivo da Fundação Getúlio Vargas: o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), unidade que desde cedo elaborou e veiculou estratégias para a construção de um consenso em torno da “modernização conservadora” das estruturas capitalistas do país. Diversas esferas da vida social foram remodeladas após 1964: as relações e direitos trabalhistas, o arcabouço da administração pública, a previdência social, além dos sistemas judiciário, eleitoral, bancário, partidário, tributário e fiscal. No centro desses eventos históricos, a FGV não apenas participou como instituição em alguns momentos, como também forneceu personagens que atuaram vigorosamente no palco e nos bastidores dessa remodelagem estatal. Este artigo investiga as vinculações entre as propostas de intervenção econômica formuladas por intelectuais conectados ao IBRE-FGV e as diretrizes reformadoras implantadas durante o primeiro governo ditatorial pós-64.
ISSN:1413-3024
2594-8296