DOENÇA DE HODGKIN: UM OLHAR EPIDEMIOLÓGICO

Objetivo: Identificar o perfil de internações por doença de Hodgkin na região Norte do Brasil no período de 2013 a 2022. Material e métodos: Desenvolveu-se um estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, realizado a partir de dados disponibilizados pelo Sistema de Informações Hospitala...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: SVS Peixoto, LFS Azevedo, NFC Junior, AGD Santos, KOR Borges
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2023-10-01
Series:Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923008088
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description Objetivo: Identificar o perfil de internações por doença de Hodgkin na região Norte do Brasil no período de 2013 a 2022. Material e métodos: Desenvolveu-se um estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, realizado a partir de dados disponibilizados pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Foram incluídas internações por diagnóstico de Doença de Hodgkin (CID 10 – C81) na região Norte do Brasil no período de 2013 a 2022. Os dados foram tabulados e analisados no software Microsoft Excel 2016 considerando as variáveis sexo, raça/cor e idade. Resultados: Foram internados durante o período analisado um total de 2223 pacientes. Nota-se prevalência do registro de pessoas com a cor parda (61,8%), seguido de pessoas brancas (14%). No entanto, 17,6 % dos pacientes tiveram a variável raça/cor ignorada. Na variável sexo, observou-se um maior acometimento de indivíduos do sexo masculino, totalizando cerca de 60% dos internados, o sexo feminino representou 40% dos casos. Em relação à distribuição conforme idades, o recorte de faixa etária mais acometida compreende dos 20 a 29 anos representando 19,7% dos casos, seguido de 15 a 19 anos (17,2%), 30 a 39 anos (16%), 10 a 14 anos (14,7%) e 5 a 9 anos com 8,9%. Discussão: O perfil da doença de Hodgkin é caracterizado por uma predominância de indivíduos da cor parda, do sexo masculino e com idades entre a segunda e terceira década de vida. Esses dados são consistentes com a literatura existente, com exceção apenas da cor parda, que nesta região aparece em primeiro lugar em relação a outras etnias. É importante considerar a relação desse perfil com as características socioeconômicas da região norte do Brasil, que ainda se encontra em desenvolvimento. Nessa região, o acesso à saúde pode ser prejudicado devido às características geográficas, o que pode dificultar tanto o diagnóstico da doença como a geração de dados epidemiológicos mais fidedignos e precisos. Essas dificuldades no acesso à saúde podem impactar o momento do diagnóstico da doença de Hodgkin, adotadas em tratamentos tardios e, consequentemente, em maiores desafios para o controle e tratamento efetivo da enfermidade. Conclusão: Portanto, compreender a doença e o seu impacto no cenário epidemiológico da região, torna-se um fator preponderante para dispor de serviços de assistência em saúde, sobretudo de caráter educacional, para que o diagnóstico seja precoce. Observa-se um processo de negligência quanto à disponibilidade de dados, os quais dificultam a realização de produções científicas, comprometendo a assistência às populações locais.
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