Summary: | Análise da trajetória da Biblioteca Pública do Maranhão desde a sua criação em 1829, no Convento do Carmo, até 1889. Formada inicialmente com o apoio dos homens da elite e de populares, desde a sua gênese até o advento da República, a Biblioteca Pública passou por diversas situações, ora de pleno abandono e ora de apogeu. Nesse particular, resgata-se o ofício do bibliotecário e diretores que fizeram brotar as iniciativas para a “socialização” do livro e da leitura no Maranhão oitocentista. A partir desta pesquisa histórica, pode-se compreender o papel que a mesma assumiu na formação da intelectualidade maranhense e na constituição do campo educacional, sendo o espaço privilegiado de convergência de idéias e saberes de professores, jornalistas, políticos o que ensejou na fundação da Oficina dos Novos, Sociedade Cívica das Datas Nacionais, Academia Maranhense de Letras, jornais, revistas e outras ações que favoreceram a São Luis ser denominada de Atenas Brasileira. Para o resgate dessa trajetória pesquisou-se em fontes como jornais, relatórios e falas de Presidentes de Província, legislação, iconografias entre outros documentos que possibilitaram traçar os seus caminhos e descaminhos, na constituição do seu acervo e da sua estrutura física. Conclui-se que esta pesquisa ao revisitar o passado revela as contradições na formação das bibliotecas públicas e abre-se um debate para a necessidade de investigações que busquem fazer emergir a história e memória dessas instituições no Brasil.
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