Pequena Ferrovia, grandes problemas: A E. F. Mate Laranjeira (1911-1959)

RESUMO A E. F. Mate Laranjeira, com bitola de 60 cm e extensão máxima de 68 km, foi construída no oeste do estado brasileiro do Paraná, na segunda década do século XX, em caráter privado, pela grande empresa que explorava, nessa época, os bosques nativos de erva-mate (Ilex paraguayensis), situados n...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Paulo Roberto Cimó Queiroz
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho 2022-06-01
Series:História
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742022000100407&lng=pt&tlng=pt
_version_ 1811248319595282432
author Paulo Roberto Cimó Queiroz
author_facet Paulo Roberto Cimó Queiroz
author_sort Paulo Roberto Cimó Queiroz
collection DOAJ
description RESUMO A E. F. Mate Laranjeira, com bitola de 60 cm e extensão máxima de 68 km, foi construída no oeste do estado brasileiro do Paraná, na segunda década do século XX, em caráter privado, pela grande empresa que explorava, nessa época, os bosques nativos de erva-mate (Ilex paraguayensis), situados no extremo sul do vizinho estado de Mato Grosso. A via destinava-se a contornar as Sete Quedas, que interrompiam a navegação do rio Paraná na altura do paralelo 24º Sul, e, assim, facilitar o transporte da erva em direção ao principal mercado consumidor: a Argentina. Ao conectar dois trechos navegáveis do rio Paraná, a ferrovia atraiu a atenção dos dirigentes do estado do Paraná e do Estado nacional brasileiro, para os quais ela poderia favorecer a ocupação e o aproveitamento de toda a região, até então considerada remota e selvagem. Neste artigo, busco analisar a EFML como integrante da categoria das ferrovias industriais, abordando a história de sua construção, suas condições técnicas de operação e também a disputa em torno de sua abertura ao tráfego público. As fontes incluem legislação, periódicos, relatórios governamentais, dados estatísticos e documentos da própria empresa, além de relatos de viajantes e outros trabalhos não acadêmicos. A principal conclusão é a de que, embora útil para os propósitos privados, a ferrovia, devido a suas limitações intrínsecas, não estava apta a desempenhar um papel público de grande relevância.
first_indexed 2024-04-12T15:25:04Z
format Article
id doaj.art-8a5a37397df74886a1962192dafc8fde
institution Directory Open Access Journal
issn 1980-4369
language English
last_indexed 2024-04-12T15:25:04Z
publishDate 2022-06-01
publisher Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho
record_format Article
series História
spelling doaj.art-8a5a37397df74886a1962192dafc8fde2022-12-22T03:27:17ZengUniversidade Estadual Paulista Julio de Mesquita FilhoHistória1980-43692022-06-014110.1590/1980-4369e2022008Pequena Ferrovia, grandes problemas: A E. F. Mate Laranjeira (1911-1959)Paulo Roberto Cimó Queirozhttps://orcid.org/0000-0002-0866-1239RESUMO A E. F. Mate Laranjeira, com bitola de 60 cm e extensão máxima de 68 km, foi construída no oeste do estado brasileiro do Paraná, na segunda década do século XX, em caráter privado, pela grande empresa que explorava, nessa época, os bosques nativos de erva-mate (Ilex paraguayensis), situados no extremo sul do vizinho estado de Mato Grosso. A via destinava-se a contornar as Sete Quedas, que interrompiam a navegação do rio Paraná na altura do paralelo 24º Sul, e, assim, facilitar o transporte da erva em direção ao principal mercado consumidor: a Argentina. Ao conectar dois trechos navegáveis do rio Paraná, a ferrovia atraiu a atenção dos dirigentes do estado do Paraná e do Estado nacional brasileiro, para os quais ela poderia favorecer a ocupação e o aproveitamento de toda a região, até então considerada remota e selvagem. Neste artigo, busco analisar a EFML como integrante da categoria das ferrovias industriais, abordando a história de sua construção, suas condições técnicas de operação e também a disputa em torno de sua abertura ao tráfego público. As fontes incluem legislação, periódicos, relatórios governamentais, dados estatísticos e documentos da própria empresa, além de relatos de viajantes e outros trabalhos não acadêmicos. A principal conclusão é a de que, embora útil para os propósitos privados, a ferrovia, devido a suas limitações intrínsecas, não estava apta a desempenhar um papel público de grande relevância.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742022000100407&lng=pt&tlng=ptFerrovia industrialDecauvilleErva-mateRio ParanáTurismo
spellingShingle Paulo Roberto Cimó Queiroz
Pequena Ferrovia, grandes problemas: A E. F. Mate Laranjeira (1911-1959)
História
Ferrovia industrial
Decauville
Erva-mate
Rio Paraná
Turismo
title Pequena Ferrovia, grandes problemas: A E. F. Mate Laranjeira (1911-1959)
title_full Pequena Ferrovia, grandes problemas: A E. F. Mate Laranjeira (1911-1959)
title_fullStr Pequena Ferrovia, grandes problemas: A E. F. Mate Laranjeira (1911-1959)
title_full_unstemmed Pequena Ferrovia, grandes problemas: A E. F. Mate Laranjeira (1911-1959)
title_short Pequena Ferrovia, grandes problemas: A E. F. Mate Laranjeira (1911-1959)
title_sort pequena ferrovia grandes problemas a e f mate laranjeira 1911 1959
topic Ferrovia industrial
Decauville
Erva-mate
Rio Paraná
Turismo
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742022000100407&lng=pt&tlng=pt
work_keys_str_mv AT paulorobertocimoqueiroz pequenaferroviagrandesproblemasaefmatelaranjeira19111959