Ensinar x Não ensinar gramática: ainda cabe essa questão?

Neste artigo, faz-se uma revisita à história da gramática da tradição greco-latina desde suas origens até sua adoção no estudo das línguas modernas. Destaca-se a mudança histórica que afetou o papel da gramática no ensino da língua. De início, os conteúdos gramaticais, remetendo a uma língua viva,...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Carlos Alberto Faraco
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) 2021-05-01
Series:Calidoscópio
Online Access:http://www.revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/5983
Description
Summary:Neste artigo, faz-se uma revisita à história da gramática da tradição greco-latina desde suas origens até sua adoção no estudo das línguas modernas. Destaca-se a mudança histórica que afetou o papel da gramática no ensino da língua. De início, os conteúdos gramaticais, remetendo a uma língua viva, estava subordinado ao desenvolvimento das habilidades de falar em público e de escrever. Já na conjuntura medieval, a gramática fazia referência a uma língua artificial (o latim clássico cristalizado pelos eruditos) e, por isso, passou a ocupar posição central no ensino da língua. Defende-se, ao final, uma renovação do ensino gramatical que incorpore como referência a norma padrão viva e volte a subordinar os tópicos gramaticais ao trabalho com as práticas de fala e de escrita. Palavras-chave: história da gramática, ensino de gramática, norma padrão.
ISSN:2177-6202