Summary: | O artigo propõe uma leitura de “Tribulações de um balanta” – um dos contos de ficção publicados no Boletim Cultural da Guiné-Portuguesa - com o fim de analisar criticamente tanto a aplicação do imaginário do colonizador, por se tratar de um aspecto característico no processo de colonização, quanto a expressão cultural guineense dada por esse viés eurocêntrico. Verifica-se, na análise dessa narrativa, marcas de silenciamento impostas sobre a comunidade da Guiné. Por outro lado, apesar do enquadramento colonial dado, notam-se no texto tradições, crenças e valores da comunidade local que colaboram para a formação da identidade étnico-cultural de Guiné-Bissau. No Boletim, a Guiné-Portuguesa aparece como uma “invenção”, ocupando-se da literatura como forma de colonizar/domesticar os locais através de boletins e da literatura, posicionando-se também como voz autorizada e legítima para denominá-los no mundo. Este artigo trabalha com críticos pós-colonialistas, como: BONNICI T., CANDIDO, Antônio. CÉSAIRE, Aimé. GLISSANT, Edouard. E NAYAR, Pramod K.
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