Reação Hansênica Tipo 1 Ulcerada
Os autores estudaram 15 casos de hanseníase tuberculóide reacional (13) e dimorfa reacional (2) que ulceraram (12 mulheres e 3 homens, entre 30 e 76 anos). Chamam a atenção para a escassez de trabalhos na literatura sobre esse tema e descreveram os aspectos clínicos desses casos, os resultados da b...
Main Authors: | , , , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Instituto Lauro de Souza Lima
1998-11-01
|
Series: | Hansenologia Internationalis |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36460 |
_version_ | 1797390023989919744 |
---|---|
author | Diltor Vladimir Araújo Opromolla Somei Ura Raul Negrão Fleury Flávia C. Daher Roberto Pagung |
author_facet | Diltor Vladimir Araújo Opromolla Somei Ura Raul Negrão Fleury Flávia C. Daher Roberto Pagung |
author_sort | Diltor Vladimir Araújo Opromolla |
collection | DOAJ |
description |
Os autores estudaram 15 casos de hanseníase tuberculóide reacional (13) e dimorfa reacional (2) que ulceraram (12 mulheres e 3 homens, entre 30 e 76 anos). Chamam a atenção para a escassez de trabalhos na literatura sobre esse tema e descreveram os aspectos clínicos desses casos, os resultados da baciloscopia, histopatologia e do teste de Mitsuda. Eles enfatizaram a predominância de pacientes com imunidade mais alta, ou seja, aqueles que exibiam baciloscopia negativa e a reação de Mitsuda igual a 6 mm ou mais. As ulcerações apareceram, na maioria das vezes, durante o 29 ou 39 surto reacional. A opinião dos autores é de que as reações hansênicas tipo 1 são manifestações de hipersensibilidade que ocorrem devido à multiplicação bacilar, seguida de sua destruição pelas defesas orgânicas ou pela terapêutica e a conseqüente liberação de epítopos, que desencadeariam o fenômeno reacional. Eles sugeriram para explicar o aparecimento de ulcerações em seus pacientes duas possibilidades. A primeira seria uma estimulação continua dos macrófagos, podendo levar ao dano tecidual através da produção de intermediários reativos do oxigênio e hidrolases, que é devida ao aumento na produção de TNFa. A outra possibilidade seria admitir que esses casos que ulceram constituam um grupo geneticamente relacionado que apresenta homozigose para o alelo TNFB2, o qual se relaciona com indivíduos que apresentam concentrações plasmáticas altíssimas de TNFa, quando comparados com indivíduos heterozigotos e indivíduos homozigotos para o alelo TNFB1.
|
first_indexed | 2024-03-08T23:04:35Z |
format | Article |
id | doaj.art-8e08fc505034476e949e35f3c2c6c2d8 |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 1982-5161 |
language | English |
last_indexed | 2024-03-08T23:04:35Z |
publishDate | 1998-11-01 |
publisher | Instituto Lauro de Souza Lima |
record_format | Article |
series | Hansenologia Internationalis |
spelling | doaj.art-8e08fc505034476e949e35f3c2c6c2d82023-12-15T14:12:20ZengInstituto Lauro de Souza LimaHansenologia Internationalis1982-51611998-11-01231/210.47878/hi.1998.v23.36460Reação Hansênica Tipo 1 UlceradaDiltor Vladimir Araújo Opromolla 0Somei Ura1Raul Negrão Fleury2Flávia C. Daher3Roberto PagungDiretor Div. Pesquisa e Ensino - Instituto Lauro de Souza LimaPesquisador Científico IV - ILSLPatologista ILSLDermatologistas, ex-Residentes - ILSL Os autores estudaram 15 casos de hanseníase tuberculóide reacional (13) e dimorfa reacional (2) que ulceraram (12 mulheres e 3 homens, entre 30 e 76 anos). Chamam a atenção para a escassez de trabalhos na literatura sobre esse tema e descreveram os aspectos clínicos desses casos, os resultados da baciloscopia, histopatologia e do teste de Mitsuda. Eles enfatizaram a predominância de pacientes com imunidade mais alta, ou seja, aqueles que exibiam baciloscopia negativa e a reação de Mitsuda igual a 6 mm ou mais. As ulcerações apareceram, na maioria das vezes, durante o 29 ou 39 surto reacional. A opinião dos autores é de que as reações hansênicas tipo 1 são manifestações de hipersensibilidade que ocorrem devido à multiplicação bacilar, seguida de sua destruição pelas defesas orgânicas ou pela terapêutica e a conseqüente liberação de epítopos, que desencadeariam o fenômeno reacional. Eles sugeriram para explicar o aparecimento de ulcerações em seus pacientes duas possibilidades. A primeira seria uma estimulação continua dos macrófagos, podendo levar ao dano tecidual através da produção de intermediários reativos do oxigênio e hidrolases, que é devida ao aumento na produção de TNFa. A outra possibilidade seria admitir que esses casos que ulceram constituam um grupo geneticamente relacionado que apresenta homozigose para o alelo TNFB2, o qual se relaciona com indivíduos que apresentam concentrações plasmáticas altíssimas de TNFa, quando comparados com indivíduos heterozigotos e indivíduos homozigotos para o alelo TNFB1. https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36460HanseníaseReação hansênica tipo 1Hanseníase tuberculóide reacionalHanseníase dimorfo reacionalCitocinas |
spellingShingle | Diltor Vladimir Araújo Opromolla Somei Ura Raul Negrão Fleury Flávia C. Daher Roberto Pagung Reação Hansênica Tipo 1 Ulcerada Hansenologia Internationalis Hanseníase Reação hansênica tipo 1 Hanseníase tuberculóide reacional Hanseníase dimorfo reacional Citocinas |
title | Reação Hansênica Tipo 1 Ulcerada |
title_full | Reação Hansênica Tipo 1 Ulcerada |
title_fullStr | Reação Hansênica Tipo 1 Ulcerada |
title_full_unstemmed | Reação Hansênica Tipo 1 Ulcerada |
title_short | Reação Hansênica Tipo 1 Ulcerada |
title_sort | reacao hansenica tipo 1 ulcerada |
topic | Hanseníase Reação hansênica tipo 1 Hanseníase tuberculóide reacional Hanseníase dimorfo reacional Citocinas |
url | https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36460 |
work_keys_str_mv | AT diltorvladimiraraujoopromolla reacaohansenicatipo1ulcerada AT someiura reacaohansenicatipo1ulcerada AT raulnegraofleury reacaohansenicatipo1ulcerada AT flaviacdaher reacaohansenicatipo1ulcerada AT robertopagung reacaohansenicatipo1ulcerada |