Patrimônio e intervenção em preexistências no renascimento italiano: três casos exemplares

O estudo oferece uma contribuição ao tema da intervenção em edificações existentes. Examina a prática no renascimento italiano, quando se configura a noção de patrimônio, como efeito da reverência dos humanistas pela antiguidade clássica; ali surgiam os monumentos “não intencionais”, segundo a class...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Luís Henrique Haas Luccas
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo (USP) 2018-08-01
Series:Pós: Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/131326
Description
Summary:O estudo oferece uma contribuição ao tema da intervenção em edificações existentes. Examina a prática no renascimento italiano, quando se configura a noção de patrimônio, como efeito da reverência dos humanistas pela antiguidade clássica; ali surgiam os monumentos “não intencionais”, segundo a classificação de Riegl. A reflexão se desenvolve através da análise de três casos exemplares, amparada em uma revisão bibliográfica concisa. A primeira examina a pequena intervenção de Michelangelo na base do Palazzo Medici, realizada em 1517, quando ele insere as chamadas janelas inginocchiati ou ajoelhadas. O segundo caso examina a construção do Palazzo Savelli-Orsini sobre as ruínas do Teatro di Marcello, realizada por Peruzzi nos anos 1520, assim como outras camadas de intervenção: uma do período Mussolini, onde ocorreu o diradamento edilizio; outra de linhagem moderna, entre 1962 e 1964, com o autor Quaroni atuando de modo similar a Scarpa. E o terceiro caso trata da conversão da Terma de Diocleciano em Basílica de Santa Maria degli Angeli, concebida por Michelangelo em 1561: sem dúvida, a atualidade da economia de meios utilizados ali seria uma de suas últimas e maiores lições.
ISSN:1518-9554
2317-2762