"O QUE NÃO TEM REMÉDIO NEM NUNCA TERÁ": UM ESTUDO A PARTIR DO USO ABUSIVO DE BENZODIAZEPÍNICO EM MULHER
RESUMO Objetivo: analisar, a partir da singularidade feminina, o abuso de drogas benzodiazepínicas e o papel do enfermeiro na assistência do sofrimento psíquico. Método: estudo de caso referenciado pela pesquisa com psicanálise. Os dados foram produzidos por meio de entrevistas, seguidas da construç...
Main Authors: | , , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal de Minas Gerais
2017-11-01
|
Series: | REME: Revista Mineira de Enfermagem |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/49858 |
_version_ | 1797346442709303296 |
---|---|
author | Isabella Costa Martins Lia Carneiro Silveria Camila de Araújo Carrilho Alcivan Nunes Vieira |
author_facet | Isabella Costa Martins Lia Carneiro Silveria Camila de Araújo Carrilho Alcivan Nunes Vieira |
author_sort | Isabella Costa Martins |
collection | DOAJ |
description | RESUMO Objetivo: analisar, a partir da singularidade feminina, o abuso de drogas benzodiazepínicas e o papel do enfermeiro na assistência do sofrimento psíquico. Método: estudo de caso referenciado pela pesquisa com psicanálise. Os dados foram produzidos por meio de entrevistas, seguidas da construção do ensaio metapsicológico. Resultados: o uso abusivo de benzodiazepínicos emerge como um fenômeno naturalizado no âmbito dos serviços de saúde, sendo, inclusive, considerado necessário para a mulher contemporânea. O sofrimento psíquico relaciona-se aos conflitos pessoais e familiares, mas sua abordagem encontra-se estruturada em torno do uso do medicamento, desconsiderando a singularidade feminina e as condições em que ele é produzido. Assim, o fármaco não age apenas quimicamente, mas que ele porta efeitos simbólicos e imaginários. O enfermeiro que lida com a administração e controle das prescrições pode ter nesses momentos uma oportunidade de escutar a usuária acerca do lugar que esse medicamento ocupa na sua vida. Conclusão: o tratamento farmacológico não pode ser abordado apenas em sua dimensão química, pois carreia para os sujeitos também uma dimensão simbólica. Esses aspectos podem ser contemplados na clínica de enfermagem, onde o encontro entre o enfermeiro e o paciente torna-se um momento possível para estabelecer uma escuta singularizada. Mas, para que a mulher possa elaborar um saber sobre o que lhe acontece, é necessário que o enfermeiro exima-se do lugar de quem detém o saber e possa se colocar no lugar de quem acompanha o outro na sua própria construção simbólica. |
first_indexed | 2024-03-08T11:32:33Z |
format | Article |
id | doaj.art-8e6d5bc1194d4b4189d5f6a10d5f2133 |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 1415-2762 2316-9389 |
language | English |
last_indexed | 2024-03-08T11:32:33Z |
publishDate | 2017-11-01 |
publisher | Universidade Federal de Minas Gerais |
record_format | Article |
series | REME: Revista Mineira de Enfermagem |
spelling | doaj.art-8e6d5bc1194d4b4189d5f6a10d5f21332024-01-25T16:20:14ZengUniversidade Federal de Minas GeraisREME: Revista Mineira de Enfermagem1415-27622316-93892017-11-0121110.5935/1415-2762.20170025"O QUE NÃO TEM REMÉDIO NEM NUNCA TERÁ": UM ESTUDO A PARTIR DO USO ABUSIVO DE BENZODIAZEPÍNICO EM MULHERIsabella Costa Martins0Lia Carneiro Silveria1Camila de Araújo Carrilho2Alcivan Nunes Vieira3Universidade Estadual do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde, Fortaleza CE , Brazil, Enfermeira. Doutoranda em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde. Universidade Estadual do Ceará - UECE, Programa de Pós-Graduação em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde. Fortaleza, CE - Brasil, Universidade Estadual do CearáUECE, Programa de Pós-Graduação em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde, Fortaleza CE , Brazil, Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Titular. UECE, Programa de Pós-Graduação em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde. Fortaleza, CE - Brasil, Universidade Estadual do CearáCentro Universitário da Católica de Quixadá, Quixadá CE , Brazil, Enfermeira. Mestre em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde. Professora. Centro Universitário da Católica de Quixadá - UNICATÓLICA. Quixadá, CE - BrasilUniversidade do Estado do Rio Grande do Norte, Curso de Enfermagem, Mossoró RN , Brazil, Enfermeiro. Doutor em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde. Professor Titular. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN, Curso de Enfermagem. Mossoró, RN - Brasil, Universidade do Estado do Rio Grande do NorteRESUMO Objetivo: analisar, a partir da singularidade feminina, o abuso de drogas benzodiazepínicas e o papel do enfermeiro na assistência do sofrimento psíquico. Método: estudo de caso referenciado pela pesquisa com psicanálise. Os dados foram produzidos por meio de entrevistas, seguidas da construção do ensaio metapsicológico. Resultados: o uso abusivo de benzodiazepínicos emerge como um fenômeno naturalizado no âmbito dos serviços de saúde, sendo, inclusive, considerado necessário para a mulher contemporânea. O sofrimento psíquico relaciona-se aos conflitos pessoais e familiares, mas sua abordagem encontra-se estruturada em torno do uso do medicamento, desconsiderando a singularidade feminina e as condições em que ele é produzido. Assim, o fármaco não age apenas quimicamente, mas que ele porta efeitos simbólicos e imaginários. O enfermeiro que lida com a administração e controle das prescrições pode ter nesses momentos uma oportunidade de escutar a usuária acerca do lugar que esse medicamento ocupa na sua vida. Conclusão: o tratamento farmacológico não pode ser abordado apenas em sua dimensão química, pois carreia para os sujeitos também uma dimensão simbólica. Esses aspectos podem ser contemplados na clínica de enfermagem, onde o encontro entre o enfermeiro e o paciente torna-se um momento possível para estabelecer uma escuta singularizada. Mas, para que a mulher possa elaborar um saber sobre o que lhe acontece, é necessário que o enfermeiro exima-se do lugar de quem detém o saber e possa se colocar no lugar de quem acompanha o outro na sua própria construção simbólica.https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/49858Abuso de SubstânciasPsicanáliseCuidados de EnfermagemSaúde da Mulher |
spellingShingle | Isabella Costa Martins Lia Carneiro Silveria Camila de Araújo Carrilho Alcivan Nunes Vieira "O QUE NÃO TEM REMÉDIO NEM NUNCA TERÁ": UM ESTUDO A PARTIR DO USO ABUSIVO DE BENZODIAZEPÍNICO EM MULHER REME: Revista Mineira de Enfermagem Abuso de Substâncias Psicanálise Cuidados de Enfermagem Saúde da Mulher |
title | "O QUE NÃO TEM REMÉDIO NEM NUNCA TERÁ": UM ESTUDO A PARTIR DO USO ABUSIVO DE BENZODIAZEPÍNICO EM MULHER |
title_full | "O QUE NÃO TEM REMÉDIO NEM NUNCA TERÁ": UM ESTUDO A PARTIR DO USO ABUSIVO DE BENZODIAZEPÍNICO EM MULHER |
title_fullStr | "O QUE NÃO TEM REMÉDIO NEM NUNCA TERÁ": UM ESTUDO A PARTIR DO USO ABUSIVO DE BENZODIAZEPÍNICO EM MULHER |
title_full_unstemmed | "O QUE NÃO TEM REMÉDIO NEM NUNCA TERÁ": UM ESTUDO A PARTIR DO USO ABUSIVO DE BENZODIAZEPÍNICO EM MULHER |
title_short | "O QUE NÃO TEM REMÉDIO NEM NUNCA TERÁ": UM ESTUDO A PARTIR DO USO ABUSIVO DE BENZODIAZEPÍNICO EM MULHER |
title_sort | o que nao tem remedio nem nunca tera um estudo a partir do uso abusivo de benzodiazepinico em mulher |
topic | Abuso de Substâncias Psicanálise Cuidados de Enfermagem Saúde da Mulher |
url | https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/49858 |
work_keys_str_mv | AT isabellacostamartins oquenaotemremedionemnuncateraumestudoapartirdousoabusivodebenzodiazepinicoemmulher AT liacarneirosilveria oquenaotemremedionemnuncateraumestudoapartirdousoabusivodebenzodiazepinicoemmulher AT camiladearaujocarrilho oquenaotemremedionemnuncateraumestudoapartirdousoabusivodebenzodiazepinicoemmulher AT alcivannunesvieira oquenaotemremedionemnuncateraumestudoapartirdousoabusivodebenzodiazepinicoemmulher |