RACISMO PRESENTE NA ANIMAÇÃO “SCRUB ME MAMA WITH A BOGGIE BEAT” DE WALTER LANTZ (1941)

As Animações são fontes interessantes de serem exploradas pela perspectiva histórica, uma vez que trazem questões impostas pelo contexto da produção e podem ser utilizadas como meio de transmitir conhecimentos e ideologias. O presente artigo faz uma reflexão acerca do tema do racismo nas animações d...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Julio Geraldo Carvalho de Jesus, Davi Alexandre Pistila
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade do Vale do Paraíba 2017-01-01
Series:Revista UniVap
Subjects:
Online Access:https://revista.univap.br/index.php/revistaunivap/article/view/1554
Description
Summary:As Animações são fontes interessantes de serem exploradas pela perspectiva histórica, uma vez que trazem questões impostas pelo contexto da produção e podem ser utilizadas como meio de transmitir conhecimentos e ideologias. O presente artigo faz uma reflexão acerca do tema do racismo nas animações dirigidas e produzidas por Walter Lantz, no ano de 1941, tomando como base o cartoon “Scrube Me Mama with a Boogie Beat”, distribuído pela Universal Studios, e reexibido no ano de 1948. Apesar do racismo presente na obra, não há qualquer menção crítica ao filme, na época em que foi lançado, o que nos permitiu estabelecer um paralelo entre a animação de Lantz e a alegoria do açougue apresentada por Serguei Eisenstein no filme “A greve”. No filme de Eisenstein, a cena final mostra um boi sendo degolado. A violência da cena causou grande impacto na população urbana, mas não impactou da mesma forma os habitantes da zona rural, acostumados com a prática. Da mesma forma, a obra de Lantz, permeada de traços racistas, não causou indignação na população negra, sobretudo por ser comum dentro da sociedade norte americana da época.
ISSN:1517-3275
2237-1753