Análise de Microbiofácies das Esteiras Microbianas da Lagoa Pitanguinha (Região dos Lagos, RJ, Brasil)
O termo ‘microbiofácies’ possui, mais comumente, uma conotação petrográfica sobre estudos faciológicos de rochas carbonáticas com grãos fósseis em microescala, para o que talvez fosse mais adequado o termo ‘biomicrofácies’; todavia esse termo é aqui empregado com uma conotação de biofácies de natu...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro
2017-01-01
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Series: | Anuário do Instituto de Geociências |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.anuario.igeo.ufrj.br/2017_1/2017_01_191_205.pdf |
Summary: | O termo ‘microbiofácies’ possui, mais comumente, uma conotação petrográfica sobre estudos faciológicos de rochas
carbonáticas com grãos fósseis em microescala, para o que talvez fosse mais adequado o termo ‘biomicrofácies’; todavia
esse termo é aqui empregado com uma conotação de biofácies de natureza microbianas. A ocorrência de microbialitos em
diversas das lagoas (lagunas) fluminenses vem se revelando extremamente importante para o estudo de processos e fácies
carbonáticas de origem microbiana, as quais ganharam evidência depois das descobertas de petróleo na “camada Présal”,
dessa possível natureza. Dentre tais lagunas, a Lagoa Pitanguinha apresenta não só esteiras microbianas contendo
partículas carbonáticas, aqui estudadas, mas também estromatólitos, trombólitos e oncoides. O estudo caracteriza esteiras
microbianas (microbialitos) em termos biossedimentológicos, tanto morfologicamente, em campo, quanto em termos
de suas texturas e microestruturas presentes, através de microscopia (microscópio petrográfico), com a finalidade de
se estabelecer um esquema de classificação de microbiofácies. A Lagoa Pitanguinha formou-se durante o Holoceno,
como resultado de uma regressão marinha, que a isolou do mar por um conjunto de cordões praiais estreito, tendo ela
desenvolvido condições de hipersalinidade em suas águas devido a condições de aridez local e influxo da cunha salina
marinha. Nesse contexto, identificaram-se quatro microbiofácies (MBF-C, Coloforme; MBF-Po, Poligonal; MBF-Pu,
Pustular; MBF-O e Oncoidal) em observações de campo em janeiro de 2014, sob condições de nível alto da laguna
(ano chuvoso), porém hipersalino, e em janeiro de 2015, sob condições de grande aridez e maior hipersalinidade. As
microbiofácies mostram-se controladas peculiarmente pelo aumento da hipersalinidade, à medida em que o nível d’água
rebaixa, expondo progressivamente as suas margens, durante o período de forte estiagem. Aponta-se a desidratação da
esteira em ambiente subaquoso que se hipersaliniza como mecanismo precursor de fendilhamentos (gretas de sinérese)
observados, que se ampliam ou remodelam quando da eventual exposição e desidratação subaérea. |
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ISSN: | 0101-9759 1982-3908 |