Relação médico-doente e diagnóstico gastrenterológico intensivo.
A rápida evolução tecnológica da Gastrenterologia na última década trouxe consigo alterações profundas dos quadros tradicionais da relação medico-doente. Tal como noutros campos da medicina, a actual promessa de rigor e rapidez de diagnóstico não tem correspondido a preocupação de obviar aos riscos...
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Ordem dos Médicos
1980-06-01
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Series: | Acta Médica Portuguesa |
Online Access: | https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/3938 |
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author | A. Ginestal-Cruz Anabela Cardoso |
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A rápida evolução tecnológica da Gastrenterologia na última década trouxe consigo alterações profundas dos quadros tradicionais da relação medico-doente. Tal como noutros campos da medicina, a actual promessa de rigor e rapidez de diagnóstico não tem correspondido a preocupação de obviar aos riscos humanos inerentes, no médico e no doente. Com base nas premissas de que o progresso da tecnologia médica não deve ser recusado nem aceite a qualquer preço, os AA. salientam, a partir da sua experiência de trabalho de equipa hospitalar, a necessidade de preservar a relação médico-doente em cada etapa do diagnóstico gastrenterológico intensivo. A complementaridade da psicoterapia e da pré-medicação, neste novo contexto, deve ser objectivamente avaliada. A experiência preliminar de uma abordagem psicológica num grupo de doentes ictéricos estudados por colangiografia endoscópica, pode constituir um exemplo metodológico adequado a ensaios prospectivos. A influência de factores psico-sociológicos múltiplos terá de ser considerada nas conclusões e na comparação com outros estudos recentes. Tornam-se necessários programas pré e pós-graduados de psicoterapia e reuniões multidisciplinares a nível hospitalar, incluindo psiquiatras, cirurgiões e internistas, que permitam manter a evolução tecnológica nos limites de uma medicina humana e individualizada.
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spelling | doaj.art-9048e0c0073d40269f82d5442573ef9d2022-12-22T04:30:01ZengOrdem dos MédicosActa Médica Portuguesa0870-399X1646-07581980-06-012310.20344/amp.3938Relação médico-doente e diagnóstico gastrenterológico intensivo.A. Ginestal-Cruz0Anabela Cardoso1Serviço de Medicina 2, Hospital de Santa Maria. Lisboa. Portugal.Serviço de Medicina 2, Hospital de Santa Maria. Lisboa. Hospital Miguel Bombarda. Lisboa. Portugal. A rápida evolução tecnológica da Gastrenterologia na última década trouxe consigo alterações profundas dos quadros tradicionais da relação medico-doente. Tal como noutros campos da medicina, a actual promessa de rigor e rapidez de diagnóstico não tem correspondido a preocupação de obviar aos riscos humanos inerentes, no médico e no doente. Com base nas premissas de que o progresso da tecnologia médica não deve ser recusado nem aceite a qualquer preço, os AA. salientam, a partir da sua experiência de trabalho de equipa hospitalar, a necessidade de preservar a relação médico-doente em cada etapa do diagnóstico gastrenterológico intensivo. A complementaridade da psicoterapia e da pré-medicação, neste novo contexto, deve ser objectivamente avaliada. A experiência preliminar de uma abordagem psicológica num grupo de doentes ictéricos estudados por colangiografia endoscópica, pode constituir um exemplo metodológico adequado a ensaios prospectivos. A influência de factores psico-sociológicos múltiplos terá de ser considerada nas conclusões e na comparação com outros estudos recentes. Tornam-se necessários programas pré e pós-graduados de psicoterapia e reuniões multidisciplinares a nível hospitalar, incluindo psiquiatras, cirurgiões e internistas, que permitam manter a evolução tecnológica nos limites de uma medicina humana e individualizada. https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/3938 |
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