A consulta de enfermagem de controlo sintomático não presencial
Um dos problemas centrais do sistema de saúde é o abandono ou o incumprimento dos tratamentos prescritos pelos profissionais de saúde, sendo esta uma das causas principais de insucesso terapêutico. Neste sentido, a equipa de enfermagem do Serviço de Oncologia implementou a consulta de enfermagem...
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Format: | Article |
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Published: |
Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa
2017-07-01
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Series: | Onco.News |
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author | Ana Paguia Tânia Saraiva Duarte Costa |
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Um dos problemas centrais do sistema de saúde é o abandono ou o incumprimento dos tratamentos prescritos pelos profissionais de saúde, sendo esta uma das causas principais de insucesso terapêutico.
Neste sentido, a equipa de enfermagem do Serviço de Oncologia implementou a consulta de enfermagem de controlo sintomático não presencial, 48h após a 1.ª consulta de enfermagem ao doente que inicia Quimioterapia e 48h após consulta de enfermagem não programada.
Objetivos: Monitorizar e controlar precocemente os efeitos secundários; promover a adesão ao regime medicamentoso e contribuir para a melhoria do acesso aos cuidados de saúde. De forma a ser possível mensurar os resultados obtidos nesta consulta, elaborou-se o projeto “A consulta de Enfermagem não presencial - Uma estratégia para a adesão ao regime medicamentoso”, que permitiu a sistematização da avaliação dos efeitos secundários e da adesão ao regime medicamentoso, bem como a validação do ensino. Decorreu de Novembro de 2015 até Fevereiro de 2016. Operacionalização: Escala MAT, elaboração de instrumento de registo e cheklist de validação do ensino realizado na consulta de enfermagem presencial.
Resultados: Nível de adesão elevado (média 5,6) nos doentes que iniciaram tratamento, com a aplicação da escala MAT. Sintomatologia descontrolada 48h após 1.º tratamento de Quimioterapia em 74% dos 186 doentes avaliados.
Conclusão: A monitorização sistemática dos efeitos secundários e a validação do ensino permite estabelecer intervenções de enfermagem mais eficazes e personalizadas, traduzindo-se numa melhor adesão, contribuindo para a melhoria da qualidade e da visibilidade dos cuidados.
Neste sentido, considerando a percentagem de doentes com sintomatologia descontrolada e que, de acordo com a literatura, poderá ser um motivo para diminuição da adesão ao regime medicamentoso, esta consulta apresenta vantagens pela sua rapidez de resposta e acompanhamento do doente, o que permite um melhor planeamento das intervenções de enfermagem, promovendo
assim uma modificação positiva no comportamento de adesão.
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spelling | doaj.art-9139c15c83294f398030d4070ee71d2b2022-12-22T04:24:12ZengAssociação de Enfermagem Oncológica PortuguesaOnco.News1646-78682183-69142017-07-013410.31877/on.2017.34.01A consulta de enfermagem de controlo sintomático não presencialAna Paguia0Tânia Saraiva1Duarte Costa2Hospital de Dia de Oncologia, C.H.S., Hospital de S. Bernardo, SetúbalHospital de Dia de Oncologia, C.H. Hospital de S. Bernardo, SetúbalHospital de Dia de Oncologia, C. H. Hospital de S. Bernardo, Setúbal Um dos problemas centrais do sistema de saúde é o abandono ou o incumprimento dos tratamentos prescritos pelos profissionais de saúde, sendo esta uma das causas principais de insucesso terapêutico. Neste sentido, a equipa de enfermagem do Serviço de Oncologia implementou a consulta de enfermagem de controlo sintomático não presencial, 48h após a 1.ª consulta de enfermagem ao doente que inicia Quimioterapia e 48h após consulta de enfermagem não programada. Objetivos: Monitorizar e controlar precocemente os efeitos secundários; promover a adesão ao regime medicamentoso e contribuir para a melhoria do acesso aos cuidados de saúde. De forma a ser possível mensurar os resultados obtidos nesta consulta, elaborou-se o projeto “A consulta de Enfermagem não presencial - Uma estratégia para a adesão ao regime medicamentoso”, que permitiu a sistematização da avaliação dos efeitos secundários e da adesão ao regime medicamentoso, bem como a validação do ensino. Decorreu de Novembro de 2015 até Fevereiro de 2016. Operacionalização: Escala MAT, elaboração de instrumento de registo e cheklist de validação do ensino realizado na consulta de enfermagem presencial. Resultados: Nível de adesão elevado (média 5,6) nos doentes que iniciaram tratamento, com a aplicação da escala MAT. Sintomatologia descontrolada 48h após 1.º tratamento de Quimioterapia em 74% dos 186 doentes avaliados. Conclusão: A monitorização sistemática dos efeitos secundários e a validação do ensino permite estabelecer intervenções de enfermagem mais eficazes e personalizadas, traduzindo-se numa melhor adesão, contribuindo para a melhoria da qualidade e da visibilidade dos cuidados. Neste sentido, considerando a percentagem de doentes com sintomatologia descontrolada e que, de acordo com a literatura, poderá ser um motivo para diminuição da adesão ao regime medicamentoso, esta consulta apresenta vantagens pela sua rapidez de resposta e acompanhamento do doente, o que permite um melhor planeamento das intervenções de enfermagem, promovendo assim uma modificação positiva no comportamento de adesão. https://onco.news/index.php/journal/article/view/87Consulta de enfermagemControlo sintomáticoAdesãoRegime medicamentoso |
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