“O olho do treinador”: indicadores psicológicos e táticos discriminam o potencial esportivo de jovens futebolistas

A identificação e seleção de talentos no futebol são feitas predominantemente pela avaliação subjetiva dos treinadores. Sistematizar o “olho do treinador” pode otimizar este processo. O objetivo foi comparar habilidades táticas, competência percebida e orientação motivacional de jovens futebolistas...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Eduardo Cardoso Vidigal, Felipe Fernandes Silva, Thadeu Luiz Almeida Rodrigues, Dilson Borges Ribeiro Júnior, Marcelo de Oliveira Matta, Alexsander Nascif de Barros, Marcel Chacon Gonçalves, Emerson Filipino Coelho, Francisco Zacaron Werneck
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 2023-02-01
Series:Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/view/91439
Description
Summary:A identificação e seleção de talentos no futebol são feitas predominantemente pela avaliação subjetiva dos treinadores. Sistematizar o “olho do treinador” pode otimizar este processo. O objetivo foi comparar habilidades táticas, competência percebida e orientação motivacional de jovens futebolistas classificados como alto e baixo potencial esportivo, de acordo com a opinião dos treinadores. Participaram 101 futebolistas brasileiros sub15 (14,6±0,7 anos; tempo de prática: 7,6±2,6 anos). Foram utilizados questionários para avaliar o conhecimento tático (TACSIS - Tactical Skills Inventory for Sports), a orientação esportiva (SOQ - Sport Orientation Questionnaire) e a competência percebida. Os futebolistas de alto potencial (n=44) quando comparados aos futebolistas de baixo potencial (n=57) apresentaram maior posicionamento e decisão (4,52±0,73 vs. 4,18±0,63; p=0,02; d=0,50), conhecimento sobre os outros (4,25±0,96 vs. 3,81±0,83; p=0,02; d=0,49) e somatório de habilidades táticas (4,43±0,72 vs. 4,14±0,65; p=0,04; d=0,46); os atletas de alto potencial apresentaram maior competitividade (4,76±0,27 vs. 4,55±0,33; p=0,01; d=0,72) e maior competência percebida (7,79±1,32 vs. 7,12±1,13; p=0,01; d=0,54), respectivamente. Conclui-se que os futebolistas sub15 avaliados pelos treinadores como alto potencial esportivo apresentaram melhores resultados em indicadores de habilidades táticas, motivação e competência percebida quando comparados aos de baixo potencial.
ISSN:1415-8426
1980-0037