Summary: | Se crer com base em razões é algo que aparentemente envolve passos e toma tempo, o que nos previne de considerar o julgamento inferencial ou o raciocínio de um modo geral como uma atividade, o produto de um tipo especial de agência? A ideia de que há atividade genuína quando realizamos uma inferência está implícita em vários autores. Neste artigo analiso uma defesa explicita desta concepção: a tese desenvolvida por Paul Boghossian de que a inferência é uma forma de ação cognitiva. Argumento que há um contraste na estrutura das razões e de causação entre crer por razões e agir por razões. E concluo que o que parece ser ativo no caso específico de raciocínio, que é fazer uma inferência, deve-se a sua conexão conceitual com o estado de crença. Quando cremos que p com base em q, cremos por uma razão que nos é dada por outra crença
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