Efeitos dos treinamentos combinado e intervalado de alta intensidade no controle glicêmico e na aptidão física em pacientes diabéticos do tipo 2: uma revisão sistemática

Introdução: O diabetes tipo 2 (DT2) é uma doença complexa que afeta milhões de pessoas mundialmente. O DT2 pode ser responsável por disfunção cardiometabólica e impacto negativo na aptidão física. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática dos ensaios clínicos randomizados que investigam os efeitos...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Cauê Padovani, Regiane Maria da Costa Arruda, Luciana Maria Malosá Sampaio
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício 2023-01-01
Series:Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício
Subjects:
Online Access:http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2671
Description
Summary:Introdução: O diabetes tipo 2 (DT2) é uma doença complexa que afeta milhões de pessoas mundialmente. O DT2 pode ser responsável por disfunção cardiometabólica e impacto negativo na aptidão física. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática dos ensaios clínicos randomizados que investigam os efeitos no controle glicêmico e aptidão física resultantes do treinamento intervalado de alta intensidade (TIAI) ou treinamento combinado (TC) versus treinamento aeróbio contínuo (TAC) na população de DT2. Materiais e métodos: As pesquisas foram realizadas nas bases de dados PubMed, Scielo e PEDro. A estratégia de busca PICO foi adotada: P (paciente) = pacientes com DT2; I (intervenção) = TC e TIAI; C (controle) = TAC; O (resultado) = pico de VO2 (pico de consumo de oxigênio) e HbA1c% (hemoglobina glicosilada). Resultados: Um total de 10 estudos envolvendo 578 participantes foram incluídos. A duração dos treinamentos variou de 6 a 36 semanas e a frequência variou de 3 a 5 dias por semana. Estudos com TIAI utilizaram intensidade ≥85% do VO2 pico intercalados com exercícios de intensidade inferior e os estudos com TC utilizaram intensidade moderada de treinamento aeróbio contínuo (50-85% do VO2 pico) associado ao treinamento de resistência. Os resultados sugerem maior efetividade do TC comparado ao TAC na melhoria dos níveis de HbA1c. Já o TIAI foi mais eficaz que o TAC no aumento do VO2 pico. Conclusão: O presente estudo sugere que o TC e o TIAI podem ser as modalidades de exercício mais eficientes para melhorar o controle glicêmico e a aptidão física, respectivamente, em pacientes com DT2.
ISSN:1981-9900