Enurese Nocturna - Prevalência na comunidade
Enquadramento: A Enurese Nocturna (EN) afecta crianças em todo o mundo. Em Portugal não existem dados epidemiológicos sobre o problema. Objectivos: Determinar a prevalência de EN em crianças portuguesas, investigar associação entre EN e factores sociofamiliares e verificar se EN é motivo de con...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2002-05-01
|
Series: | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
Subjects: | |
Online Access: | https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/9877 |
_version_ | 1797254518917824512 |
---|---|
author | Clara Barros Fonseca |
author_facet | Clara Barros Fonseca |
author_sort | Clara Barros Fonseca |
collection | DOAJ |
description |
Enquadramento: A Enurese Nocturna (EN) afecta crianças em todo o mundo. Em Portugal não existem dados epidemiológicos sobre o problema.
Objectivos: Determinar a prevalência de EN em crianças portuguesas, investigar associação entre EN e factores sociofamiliares e verificar se EN é motivo de consulta médica.
Métodos: Realizou-se um estudo descritivo com componente analítico na população de crianças das escolas primárias da Foz do Douro - Porto, Portugal. Seleccionou-se uma amostra não aleatória (n=862). Estudou-se a associação entre EN e idade, sexo, número de irmãos, ordem de nascimento, tipo de família, estado civil dos pais, escolaridade dos pais e história familiar de EN. Determinou-se a proporção de crianças enuréticas que procuraram auxilio médico.
Resultados: A prevalência de EN foi 15,6% (IC 95%: 13,0 a 18,5%) - 21,1% no sexo masculino versus 10,3% no sexo feminino. Apenas 49% das crianças enuréticas procuraram auxílio médico. A prevalência de EN foi superior nos grupos etários mais jovens (6 a 9 anos) e nas crianças com história familiar de EN. Aplicado o modelo de regressão logística, identificaram-se como factores de risco independentes história de EN no pai, história de EN na mãe, sexo masculino e idade inferior a 10 anos.
Discussão: A prevalência foi sobreponível à de outros países. Concordante com a bibliografia é a associação ao sexo masculino, a diminuição com a idade e o peso da história familiar. Contrariamente a outros estudos, os factores sociofamiliares não apresentaram associação com EN.
|
first_indexed | 2024-04-24T21:51:14Z |
format | Article |
id | doaj.art-93cfd5fb7e2940b3abeac10e874a1e81 |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 2182-5181 |
language | English |
last_indexed | 2024-04-24T21:51:14Z |
publishDate | 2002-05-01 |
publisher | Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
record_format | Article |
series | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
spelling | doaj.art-93cfd5fb7e2940b3abeac10e874a1e812024-03-20T14:10:52ZengAssociação Portuguesa de Medicina Geral e FamiliarRevista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2182-51812002-05-0118310.32385/rpmgf.v18i3.9877Enurese Nocturna - Prevalência na comunidadeClara Barros Fonseca0Interna Complementar de Medicina Geral e Familiar Centro de Saúde da Foz do Douro, Porto Enquadramento: A Enurese Nocturna (EN) afecta crianças em todo o mundo. Em Portugal não existem dados epidemiológicos sobre o problema. Objectivos: Determinar a prevalência de EN em crianças portuguesas, investigar associação entre EN e factores sociofamiliares e verificar se EN é motivo de consulta médica. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo com componente analítico na população de crianças das escolas primárias da Foz do Douro - Porto, Portugal. Seleccionou-se uma amostra não aleatória (n=862). Estudou-se a associação entre EN e idade, sexo, número de irmãos, ordem de nascimento, tipo de família, estado civil dos pais, escolaridade dos pais e história familiar de EN. Determinou-se a proporção de crianças enuréticas que procuraram auxilio médico. Resultados: A prevalência de EN foi 15,6% (IC 95%: 13,0 a 18,5%) - 21,1% no sexo masculino versus 10,3% no sexo feminino. Apenas 49% das crianças enuréticas procuraram auxílio médico. A prevalência de EN foi superior nos grupos etários mais jovens (6 a 9 anos) e nas crianças com história familiar de EN. Aplicado o modelo de regressão logística, identificaram-se como factores de risco independentes história de EN no pai, história de EN na mãe, sexo masculino e idade inferior a 10 anos. Discussão: A prevalência foi sobreponível à de outros países. Concordante com a bibliografia é a associação ao sexo masculino, a diminuição com a idade e o peso da história familiar. Contrariamente a outros estudos, os factores sociofamiliares não apresentaram associação com EN. https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/9877Enurese nocturnaPrevalênciaCrianças |
spellingShingle | Clara Barros Fonseca Enurese Nocturna - Prevalência na comunidade Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar Enurese nocturna Prevalência Crianças |
title | Enurese Nocturna - Prevalência na comunidade |
title_full | Enurese Nocturna - Prevalência na comunidade |
title_fullStr | Enurese Nocturna - Prevalência na comunidade |
title_full_unstemmed | Enurese Nocturna - Prevalência na comunidade |
title_short | Enurese Nocturna - Prevalência na comunidade |
title_sort | enurese nocturna prevalencia na comunidade |
topic | Enurese nocturna Prevalência Crianças |
url | https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/9877 |
work_keys_str_mv | AT clarabarrosfonseca enuresenocturnaprevalencianacomunidade |