Tratamento da hiperuricemia assintomática: revisão baseada na evidência
Objetivo: analisar a evidência mais recente relativa ao tratamento farmacológico da hiperuricemia assintomática. Fontes de dados: bases de dados PubMed, Cochrane Library, National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association, Evidence based Medicine e NICE Evidence Search. Métodos: Efetu...
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Format: | Article |
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Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2019-12-01
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Series: | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
Online Access: | https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/12308 |
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author | Joana Rita Sousa Bento André Rainho Dias Nadina Sousa Patrícia Angélico Rita Lopes Ferreira |
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Objetivo: analisar a evidência mais recente relativa ao tratamento farmacológico da hiperuricemia assintomática.
Fontes de dados: bases de dados PubMed, Cochrane Library, National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association, Evidence based Medicine e NICE Evidence Search.
Métodos: Efetuou-se uma pesquisa bibliográfica, utilizando os termos MeSH “hyperuricemia/therapy” e “asymptomatic disease”. Pesquisaram-se guidelines, ensaios clínicos aleatorizados controlados, meta-análises e revisões sistemáticas publicadas nos últimos cinco anos nas línguas portuguesa e inglesa.
Foram incluídos artigos que abordassem tratamento farmacológico da hiperurciemia assintomática no indivíduo adulto, com e sem comorbilidades. Resultados avaliados: prevenção da artrite gotosa, prevenção e benefício na doença renal e doença/fatores de risco cardiovasculares, cut-off para início terapêutico e valor alvo a atingir. Para avaliação dos níveis de evidência e atribuição de forças de recomendação foi utilizada a escala Strenght of Recommendation Taxonomy da American Academy of Family Physicians.
Resultados: Dos 360 artigos resultantes da pesquisa, dez foram incluídos: quatro normas de orientação clínica, cinco ensaios clínicos controlados aleatorizados e uma meta-análise. Globalmente, os ensaios clínicos demonstram benefício da utilização de terapêutica hipouricemiante em marcadores de doença e fatores de risco cardiovasculares, bem como marcadores de doença renal crónica, também verificado na meta-análise, relativa à doença renal crónica. Já as normas de orientação clínica defendem não existir evidência que recomende o tratamento farmacológico da hiperuricemia assintomática.
Conclusão: Ainda que estudos recentes demonstrem benefício do tratamento da hiperuricemia na presença de comorbilidades, nomeadamente na doença renal, apresentam limitações. Conclui-se não existir evidência científica atual que suporte o tratamento farmacológico da hiperuricemia em doentes assintomáticos (SORT B), pelo que mais estudos serão necessários.
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publisher | Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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spelling | doaj.art-93fcd7a8beac4f879d23c209f0d7ed442024-03-20T14:05:30ZengAssociação Portuguesa de Medicina Geral e FamiliarRevista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2182-51812019-12-0135610.32385/rpmgf.v35i6.12308Tratamento da hiperuricemia assintomática: revisão baseada na evidênciaJoana Rita Sousa Bento0André Rainho DiasNadina SousaPatrícia AngélicoRita Lopes FerreiraUSF Santiago Objetivo: analisar a evidência mais recente relativa ao tratamento farmacológico da hiperuricemia assintomática. Fontes de dados: bases de dados PubMed, Cochrane Library, National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association, Evidence based Medicine e NICE Evidence Search. Métodos: Efetuou-se uma pesquisa bibliográfica, utilizando os termos MeSH “hyperuricemia/therapy” e “asymptomatic disease”. Pesquisaram-se guidelines, ensaios clínicos aleatorizados controlados, meta-análises e revisões sistemáticas publicadas nos últimos cinco anos nas línguas portuguesa e inglesa. Foram incluídos artigos que abordassem tratamento farmacológico da hiperurciemia assintomática no indivíduo adulto, com e sem comorbilidades. Resultados avaliados: prevenção da artrite gotosa, prevenção e benefício na doença renal e doença/fatores de risco cardiovasculares, cut-off para início terapêutico e valor alvo a atingir. Para avaliação dos níveis de evidência e atribuição de forças de recomendação foi utilizada a escala Strenght of Recommendation Taxonomy da American Academy of Family Physicians. Resultados: Dos 360 artigos resultantes da pesquisa, dez foram incluídos: quatro normas de orientação clínica, cinco ensaios clínicos controlados aleatorizados e uma meta-análise. Globalmente, os ensaios clínicos demonstram benefício da utilização de terapêutica hipouricemiante em marcadores de doença e fatores de risco cardiovasculares, bem como marcadores de doença renal crónica, também verificado na meta-análise, relativa à doença renal crónica. Já as normas de orientação clínica defendem não existir evidência que recomende o tratamento farmacológico da hiperuricemia assintomática. Conclusão: Ainda que estudos recentes demonstrem benefício do tratamento da hiperuricemia na presença de comorbilidades, nomeadamente na doença renal, apresentam limitações. Conclui-se não existir evidência científica atual que suporte o tratamento farmacológico da hiperuricemia em doentes assintomáticos (SORT B), pelo que mais estudos serão necessários. https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/12308 |
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