NOAC versus AVK: avaliação da qualidade de vida em idosos com fibrilhação auricular nos cuidados de saúde primários
Introdução: A Fibrilhação Auricular (FA) é uma importante causa de morbimortalidade na população idosa. Os anticoagulantes orais assumem-se como eficazes na prevenção do Acidente Vascular Cerebral cardioembólico. Não existe evidência científica que suporte a decisão de escolha entre antagonistas da...
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Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2020-03-01
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author | Ana Isabel Morais Diana Pinto Filipe Cerca Inês Torres Maria José Novais Sara Barbosa Telma Tavares Vera Azevedo |
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description | Introdução: A Fibrilhação Auricular (FA) é uma importante causa de morbimortalidade na população idosa. Os anticoagulantes orais assumem-se como eficazes na prevenção do Acidente Vascular Cerebral cardioembólico. Não existe evidência científica que suporte a decisão de escolha entre antagonistas da vitamina K (AVK) e novos anticoagulantes orais (NOAC), baseado no critério qualidade de vida.
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos utentes com idade igual ou superior a 65 anos diagnosticados com FA não valvular e anticoagulados, seguidos nos Cuidados de Saúde Primários.
Métodos: Foi realizado um estudo observacional, transversal e analítico que envolveu uma amostra de utentes de sete Unidades de Saúde Familiar. A qualidade de vida foi avaliada usando a escala Duke Anticoagulation Satisfaction Scale. Foram realizadas análises descritivas e inferenciais.
Resultados: Aceitaram participar no estudo 292 utentes. A idade média dos participantes foi de 75,6 anos, sendo 52,1% do género feminino, 92,1% reformados e com baixo nível de escolaridade (81.8% com escolaridade igual ou menor que quatro anos). Observou-se diferença estatisticamente significativa do valor mediano na qualidade de vida, quando comparado o grupo de utentes a realizar terapêutica com NOAC versus grupo de utentes a realizar terapêutica com AVK (p<0,0001). Não se observaram diferenças significativas nas restantes variáveis estudadas.
Conclusão: A qualidade de vida dos utentes com idade igual ou superior a 65 anos, diagnosticados com FA não valvular, é influenciada pela escolha do tipo de anticoagulante (NOAC ou AVK), sendo o NOAC associado a melhor qualidade de vida.
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spelling | doaj.art-943eedfb43aa4f65857c553d76e619ae2024-03-20T14:05:27ZengAssociação Portuguesa de Medicina Geral e FamiliarRevista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2182-51812020-03-0136110.32385/rpmgf.v36i1.12703NOAC versus AVK: avaliação da qualidade de vida em idosos com fibrilhação auricular nos cuidados de saúde primáriosAna Isabel Morais0Diana Pinto1Filipe Cerca2Inês Torres3Maria José Novais4Sara Barbosa5Telma Tavares6Vera Azevedo7USF Despertar - ACeS GondomarUSF São Pedro da Cova - ACeS GondomarUSF Valbom - ACeS GondomarUSF Santa Clara - ACeS Póvoa de Varzim / Vila de CondeUSF Santa Clara - ACeS Póvoa de Varzim / Vila de CondeUSF São Bento - ACeS GondomarUSF Renascer - ACeS GondomarUSF Modivas - ACeS Póvoa de Varzim / Vila de CondeIntrodução: A Fibrilhação Auricular (FA) é uma importante causa de morbimortalidade na população idosa. Os anticoagulantes orais assumem-se como eficazes na prevenção do Acidente Vascular Cerebral cardioembólico. Não existe evidência científica que suporte a decisão de escolha entre antagonistas da vitamina K (AVK) e novos anticoagulantes orais (NOAC), baseado no critério qualidade de vida. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos utentes com idade igual ou superior a 65 anos diagnosticados com FA não valvular e anticoagulados, seguidos nos Cuidados de Saúde Primários. Métodos: Foi realizado um estudo observacional, transversal e analítico que envolveu uma amostra de utentes de sete Unidades de Saúde Familiar. A qualidade de vida foi avaliada usando a escala Duke Anticoagulation Satisfaction Scale. Foram realizadas análises descritivas e inferenciais. Resultados: Aceitaram participar no estudo 292 utentes. A idade média dos participantes foi de 75,6 anos, sendo 52,1% do género feminino, 92,1% reformados e com baixo nível de escolaridade (81.8% com escolaridade igual ou menor que quatro anos). Observou-se diferença estatisticamente significativa do valor mediano na qualidade de vida, quando comparado o grupo de utentes a realizar terapêutica com NOAC versus grupo de utentes a realizar terapêutica com AVK (p<0,0001). Não se observaram diferenças significativas nas restantes variáveis estudadas. Conclusão: A qualidade de vida dos utentes com idade igual ou superior a 65 anos, diagnosticados com FA não valvular, é influenciada pela escolha do tipo de anticoagulante (NOAC ou AVK), sendo o NOAC associado a melhor qualidade de vida. https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/12703Fibrilhação auricularanticoagulaçãoNOACAVKQualidade de vida |
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