Propagação vegetativa de porta-enxertos e enxertia da ameixeira ‘Irati’ em estacas herbáceas recém-enraizadas

No Brasil, as mudas de ameixeira são tradicionalmente produzidas por enxertia interespecífica, sendo o porta-enxerto propagado a partir de sementes de pessegueiro, muitas vezes obtidas do resíduo da industrialização do pêssego, o que promove heterogeneidade entre os porta-enxertos. Além disso, o si...

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Main Authors: Guilherme Nicolao, Karen Pinheiro Lackman, Newton Alex Mayer, Valmor João Bianchi
Format: Article
Language:English
Published: Universidade do Estado de Santa Catarina 2022-12-01
Series:Revista de Ciências Agroveterinárias
Subjects:
Online Access:https://periodicos.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/21830
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spelling doaj.art-945f2f66e13d4eb9a4ba03fcddefb8e22022-12-22T04:23:49ZengUniversidade do Estado de Santa CatarinaRevista de Ciências Agroveterinárias1676-97322238-11712022-12-0121410.5965/223811712142022456Propagação vegetativa de porta-enxertos e enxertia da ameixeira ‘Irati’ em estacas herbáceas recém-enraizadasGuilherme Nicolao0Karen Pinheiro Lackman1Newton Alex Mayer2Valmor João Bianchi3Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, BrasilInstituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-riograndense, Pelotas, RS, BrasilEmbrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, BrasilUniversidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil No Brasil, as mudas de ameixeira são tradicionalmente produzidas por enxertia interespecífica, sendo o porta-enxerto propagado a partir de sementes de pessegueiro, muitas vezes obtidas do resíduo da industrialização do pêssego, o que promove heterogeneidade entre os porta-enxertos. Além disso, o sistema convencional de produção de mudas de ameixeira em condições de campo demanda em torno de 18 meses, desde a obtenção dos caroços à comercialização das mudas enxertadas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a viabilidade técnica do enraizamento adventício de estacas herbáceas de seis cultivares de Prunus spp., bem como a realização da enxertia da ameixeira ‘Irati’ nas estacas recém-enraizadas em casa de vegetação, visando reduzir o tempo necessário para produzir mudas com porta-enxertos clonados. Dois experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, envolvendo a fase de propagação do porta-enxerto (1) e a fase da enxertia da ameixeira ’Irati’ nas estacas recém-enraizadas (2). Nas condições experimentais adotadas, conclui-se que é tecnicamente viável a propagação vegetativa de cultivares de Prunus spp. sob nebulização intermitente, utilizando-se estacas herbáceas com 22 cm de comprimento. As cultivares Genovesa, Marianna 2624 e Myrobalan 29C apresentam boa capacidade de propagação, com alta porcentagem de estacas enraizadas vivas (>90%) e baixa mortalidade na aclimatação (≤5,0%). A enxertia de “borbulhia de escudo com lenho” da ameixeira ‘Irati’, realizada em abril na estaca original do porta-enxerto, apresenta baixas porcentagens de pegamento (entre 17,1% e 31,4%) e o início do crescimento dos enxertos só é observado no final do inverno. Considerando os períodos necessários ao enraizamento da estaca herbácea e ao crescimento satisfatório do enxerto, para o plantio da muda na época adequada (inverno), não é possível produzir mudas enxertadas da ameixeira ‘Irati’ em tempo inferior a 12 meses, contado a partir da estaquia. https://periodicos.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/21830produção de mudasenraizamento adventíciocâmara de nebulização intermitentePrunus salicina
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