Summary: | Neste artigo analisa-se e discute-se historicamente o conceito de esperança como categoria ontológica, na filosofia de Ernst Bloch e na pedagogia de Paulo Freire. Na atual conjuntura política, ética e cultural, falar de utopia e esperança torna-se fundamento categórico na área da educação e do ensino. Ao articular dialeticamente os sonhos, as utopias e as esperanças a uma práxis social, os autores desnudam seu oposto, isto é, põem às claras os mecanismos ideológicos de uma sociedade reificada e estratificada. Como contraponto à ideologia, as utopias abrem as portas da educação e da história para o novo mundo, com novas possibilidades e em eterna construção; afinal é este o lugar ideal para discutir a educação e o ensino: o devir, o novum, a formação do ser humano ainda incompleto. A fundamentação concreta da esperança e da utopia – relacionadas à pedagogia, à psicanálise, à filosofia e à história – permite pensar em novas concepções de tempo e de historicidade opostas à lógica do capital.
|