Uma reflexão sobre o objeto de uma percepção ‘bem sucedida’
Como testemunha a vasta produção de artigos e livros a respeito do assunto, observação e observabilidade constituem um tema crucial na filosofia da ciência. A filosofia da percepção, por sua vez, representa uma área da estudos que se afirmou de modo importante nas últimas décadas. Apesar disso, apar...
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal da Paraíba
2017-12-01
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Series: | Aufklärung |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/arf/article/view/35586 |
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author | Alessio Gava |
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description | Como testemunha a vasta produção de artigos e livros a respeito do assunto, observação e observabilidade constituem um tema crucial na filosofia da ciência. A filosofia da percepção, por sua vez, representa uma área da estudos que se afirmou de modo importante nas últimas décadas. Apesar disso, aparentemente, as principais teorias sobre a observação que se encontram na literatura negligenciaram a questão de determinar qual seria o objeto de uma percepção ‘bem sucedida’. Uma consequência disso foi o surgimento, em época recente, de teses que, apesar de decorrerem de teorias reconhecidas e, prima facie, completas e satisfatórias, ainda assim são paradoxais. É o caso das afirmações de van Fraassen acerca da (suposta?) observação de imagens e arco-íris (cf. 2001 e 2008) e daquelas de Sorensen acerca daquilo que de fato vemos durante um eclipse (cf. 2008). Após apresentar uma possível caracterização do objeto da percepção, para a qual não há necessidade de deter-se sobre o tema da intencionalidade, neste trabalho será mostrado que uma devida atenção a esse assunto, juntamente com o reconhecimento de que a observação é uma ação, na qual o sujeito desempenha um papel deveras ativo, permitiria evitar chegar a conclusões que não parecem ser corretas, como aquelas que acabaram de ser mencionadas. Qualquer teoria acerca da observação somente será completa e satisfatória, enfim, se a determinação do objeto da percepção estará contemplada nela. |
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spelling | doaj.art-94f6c9441da547249052a37689e250252022-12-21T18:24:23ZengUniversidade Federal da ParaíbaAufklärung2318-94282017-12-014310.18012/arf.2016.35586Uma reflexão sobre o objeto de uma percepção ‘bem sucedida’Alessio Gava0Universidade Estadual do Paraná, Campus ApucaranaComo testemunha a vasta produção de artigos e livros a respeito do assunto, observação e observabilidade constituem um tema crucial na filosofia da ciência. A filosofia da percepção, por sua vez, representa uma área da estudos que se afirmou de modo importante nas últimas décadas. Apesar disso, aparentemente, as principais teorias sobre a observação que se encontram na literatura negligenciaram a questão de determinar qual seria o objeto de uma percepção ‘bem sucedida’. Uma consequência disso foi o surgimento, em época recente, de teses que, apesar de decorrerem de teorias reconhecidas e, prima facie, completas e satisfatórias, ainda assim são paradoxais. É o caso das afirmações de van Fraassen acerca da (suposta?) observação de imagens e arco-íris (cf. 2001 e 2008) e daquelas de Sorensen acerca daquilo que de fato vemos durante um eclipse (cf. 2008). Após apresentar uma possível caracterização do objeto da percepção, para a qual não há necessidade de deter-se sobre o tema da intencionalidade, neste trabalho será mostrado que uma devida atenção a esse assunto, juntamente com o reconhecimento de que a observação é uma ação, na qual o sujeito desempenha um papel deveras ativo, permitiria evitar chegar a conclusões que não parecem ser corretas, como aquelas que acabaram de ser mencionadas. Qualquer teoria acerca da observação somente será completa e satisfatória, enfim, se a determinação do objeto da percepção estará contemplada nela.https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/arf/article/view/35586objeto intencionalobservaçãopercepçãoSorensenvan Fraassen. |
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