Mecanismos fisiopatológicos da associação entre depressão e síndrome coronariana aguda
A depressão tem sido associada à síndrome coronariana aguda (SCA), agravando o prognóstico durante e após a internação, independentemente dos fatores de risco tradicionais. Apesar de estudos diversos enfatizarem a alta prevalência e o grande impacto no prognóstico, a depressão é subdiagnosticada e...
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Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)
2015-08-01
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A depressão tem sido associada à síndrome coronariana aguda (SCA), agravando o prognóstico durante e após a internação, independentemente dos fatores de risco tradicionais. Apesar de estudos diversos enfatizarem a alta prevalência e o grande impacto no prognóstico, a depressão é subdiagnosticada e subtratada na maioria dos pacientes com SCA. Um dos desafios no contexto científico tem sido elucidar os mecanismos subjacentes, especialmente os psicossociais e os fisiopatológicos. Neste trabalho, fazemos uma revisão bibliográfica sobre os possíveis mecanismos fisiopatológicos implicados na associação entre depressão e SCA. Dentre os mecanismos fisiopatológicos, destacam-se a aterogênese inflamatória, os fatores imunológicos, o aumento da atividade plaquetária, a variação da frequência cardíaca, as alterações hematológicas, os fatores neuroendócrinos, as alterações estruturais decorrentes de anormalidades vasculares, como a desordem vascular disseminada, as alterações fibrinolíticas, os fatores genéticos, as diferenças entre os gêneros, as alterações hormonais e o tratamento farmacológico. Apesar do reconhecido efeito fisiopatológico da associação entre depressão e SCA, existe uma escassez de publicações dedicadas a estudar os mecanismos relacionados. A realização de mais estudos pode, no futuro, dar embasamento à comunidade científica para que a investigação da depressão faça parte do protocolo de exame e tratamento dos pacientes com SCA.
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| spelling | doaj.art-9606ab47e3b648e18621f8c0a3b8911b2023-06-07T21:55:29ZengAssociação Brasileira de Psiquiatria (ABP)Debates em Psiquiatria2236-918X2763-90372015-08-015410.25118/2236-918X-5-4-2Mecanismos fisiopatológicos da associação entre depressão e síndrome coronariana agudaNorma Alves de Oliveira0José Augusto Soares Barreto Filho1Joselina Luzia Menezes de Oliveira2Enaldo Vieira de Melo3Otávio Rizzi Coelho4Juliana Goes Jorge5Antônio Carlos Sobral Sousa6Programa de Pós-Graduação em Medicina e Saúde, Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE.Departamento de Medicina, UFS, Aracajú, SE; Centro de Ensino e Pesquisa, Fundação São Lucas, Aracaju, SE.Departamento de Medicina, UFS, Aracajú, SE; 3 Centro de Ensino e Pesquisa, Fundação São Lucas, Aracaju, SE.Departamento de Medicina, UFS, Aracajú, SE.Faculdade de Medicina, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP.Programa de Pós-Graduação em Medicina e Saúde, Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE.Programa de Pós-Graduação em Medicina e Saúde, Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE; Departamento de Medicina, UFS, Aracajú, SE; Centro de Ensino e Pesquisa, Fundação São Lucas, Aracaju, SE. A depressão tem sido associada à síndrome coronariana aguda (SCA), agravando o prognóstico durante e após a internação, independentemente dos fatores de risco tradicionais. Apesar de estudos diversos enfatizarem a alta prevalência e o grande impacto no prognóstico, a depressão é subdiagnosticada e subtratada na maioria dos pacientes com SCA. Um dos desafios no contexto científico tem sido elucidar os mecanismos subjacentes, especialmente os psicossociais e os fisiopatológicos. Neste trabalho, fazemos uma revisão bibliográfica sobre os possíveis mecanismos fisiopatológicos implicados na associação entre depressão e SCA. Dentre os mecanismos fisiopatológicos, destacam-se a aterogênese inflamatória, os fatores imunológicos, o aumento da atividade plaquetária, a variação da frequência cardíaca, as alterações hematológicas, os fatores neuroendócrinos, as alterações estruturais decorrentes de anormalidades vasculares, como a desordem vascular disseminada, as alterações fibrinolíticas, os fatores genéticos, as diferenças entre os gêneros, as alterações hormonais e o tratamento farmacológico. Apesar do reconhecido efeito fisiopatológico da associação entre depressão e SCA, existe uma escassez de publicações dedicadas a estudar os mecanismos relacionados. A realização de mais estudos pode, no futuro, dar embasamento à comunidade científica para que a investigação da depressão faça parte do protocolo de exame e tratamento dos pacientes com SCA. https://revistardp.org.br/revista/article/view/162Depressãosíndrome coronariana agudamecanismos fisiopatológicos |
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