Summary: | A pintura O Homem Amarelo, de Anita Malfatti, exibida na Exposição de Arte Moderna de 1917 e na Semana de Arte Moderna de 1922, arrancou risos descontrolados do escritor e modernista Mário de Andrade. Obra icônica do Modernismo brasileiro, a pintura é considerada divisora de águas nas artes plásticas, rompendo com o fazer-pictórico da época. Para tanto, pretendemos analisá-la à luz da semiótica plástica e figurativa (FLOCH, 1985; THURLEMANN, 1982-86; GREIMAS, 2004), observando também o sensível e o inteligível no fazer estético e examinando-a como ‘acontecimento’ de Zilberberg, levando em consideração a tensiva (ZILBERBERG, 2011; FONTANILLE, 2005). A principal conjectura é de que O Homem Amarelo, remodelando conceitos estético-culturais do fazer pictórico da doxa da época, forneceu à hexis corporal da Semana de Arte Moderna de 1922, de maneira estética e ética, efeitos de sentido de identidade e estilo.
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