Inferências sobre atividade rizosférica de espécies com potencial para fitorremediação do herbicida tebuthiuron Rhizospheric activity of potentially phytoreme-diative species for tebuthiuron-contaminated soil
A ação da microbiota rizosférica, acelerando a degradação de compostos no solo, é conhecida como fitoestimulação e constitui-se em um dos principais mecanismos de fitorremediação de herbicidas no solo. Plantas tolerantes ao tebuthiuron, que sejam capazes de estimular sua microbiota rizosférica, pode...
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Sociedade Brasileira de Ciência do Solo
2005-07-01
|
Series: | Revista Brasileira de Ciência do Solo |
Subjects: | |
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author | Fábio Ribeiro Pires Caetano Marciano de Souza Paulo Roberto Cecon José Barbosa dos Santos Marcos Rogério Tótola Sergio de Oliveira Procópio Antonio Alberto da Silva Carlos Shigeaky Weky Silva |
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description | A ação da microbiota rizosférica, acelerando a degradação de compostos no solo, é conhecida como fitoestimulação e constitui-se em um dos principais mecanismos de fitorremediação de herbicidas no solo. Plantas tolerantes ao tebuthiuron, que sejam capazes de estimular sua microbiota rizosférica, podem ser de grande interesse na fitorremediação desse herbicida. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade rizosférica de quatro espécies vegetais com potencial para fitorremediação de tebuthiuron e inferir a contribuição radicular no processo de descontaminação desse herbicida. Foi analisado o solo rizosférico de feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), milheto (Pennisetum glaucum), mucuna-anã (Estizolobium deeringianum) e mucuna-preta (Estizolobium aterrimum) e de uma testemunha (sem planta), com e sem a presença do tebuthiuron, na dose de 0,73 µg g-1. A taxa de evolução de CO2 foi quantificada aos 1, 2, 3 e 10 dias da aplicação dos tratamentos (DAT). Os tratamentos com herbicida foram submetidos à contaminação com 40 µg g-1 de tebuthiuron. Após a aplicação, mediu-se a taxa de evolução de CO2 aos 1 e 50 DAT, empregando-se respirômetro de fluxo contínuo. A espécie feijão-de-porco apresentou sempre a maior taxa de evolução de CO2 em relação às demais espécies e à testemunha, seguido de mucuna-preta na dose comercial. Sob concentrações maiores que a dose comercial, os valores médios de taxa de evolução de CO2 foram maiores no solo rizosférico de feijão-de-porco, seguido por mucuna-preta e mucuna-anã. Feijão-de-porco foi a espécie com melhor desempenho nas avaliações realizadas; excetuando-se esta espécie, a contribuição rizosférica na fitorremediação de tebuthiuron em níveis acima da dose comercial não foi relevante.<br>The rhizospheric microbial action, accelerating the degradation of compounds in the soil, is known as phytostimulation. It represents one of the main phytoremediation mechanisms in herbicide-contaminated soil. Tebuthiuron-tolerant plants, which are able to stimulate their rhizospheric microorganisms, could be highly interesting for the phytoremediation of this herbicide. This study aimed at evaluating the rhizospheric activity of four plant species with phytoremediation potential for tebuthiuron and to infer on the contribution of the roots to the process of decontamination of this herbicide. The rhizospheric soil of jackbean (Canavalia ensiformis), pearl millet (Pennisetum glaucum), Georgia velvet bean (Stizolobium deeringianum), and black velvet bean (Stizolobium aterrimum), plus a control treatment (without plant) were analyzed without and with tebuthiuron at 0.73 ìg g-1. The CO2 evolution rate was quantified 1, 2, 3 and 10 days after the treatment application. The herbicide treatments were submitted to contamination with 40 ìg g-1 tebuthiuron. After the application, the CO2 evolution rate was measured 1 and 50 days after the treatment applications, using a continuous flow respirometer. Compared to the other species and the control treatment, C. ensiformis presented the highest CO2 evolution rate throughout the experimental phase, followed by S. aterrimum at the commercial herbicide dose. Under higher herbicide concentrations, mean CO2 evolution rate values were higher in rhizospheric soil of C. ensiformis, followed by that from S. aterrimum and S. deeringianum. C. ensiformis presented the best performance, and except for this plant species, the rhizospheric contribution to the tebuthiuron phytoremediation at levels above the commercial dose was not relevant. |
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