A Ploidia de ADN é um Biomarcador Prognóstico Independente no Carcinoma Ductal Invasivo da Mama
Objectivos: Avaliar parâmetros prognósticos ‘clássicos’, bem como a ploidia de ADN e a fase S , em relação com o intervalo livre dedoença e a sobrevivência global no carcinoma ductal invasivo da mama com follow-up de longo prazo.Materiais e Métodos: O estudo envolveu 400 doentes com carcinoma ducta...
Main Authors: | , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Ordem dos Médicos
2013-01-01
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Series: | Acta Médica Portuguesa |
Online Access: | https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/1356 |
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author | António E Pinto Teresa Pereira Giovani L Silva Mónica C Ferreira Saudade André |
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Objectivos: Avaliar parâmetros prognósticos ‘clássicos’, bem como a ploidia de ADN e a fase S , em relação com o intervalo livre dedoença e a sobrevivência global no carcinoma ductal invasivo da mama com follow-up de longo prazo.Materiais e Métodos: O estudo envolveu 400 doentes com carcinoma ductal invasivo da mama e um follow-up mediano de 134 meses(50-240). O grau histológico, tamanho tumoral, envolvimento ganglionar axilar, estadiamento patológico e expressão dos receptoreshormonais foram analisados como marcadores prognósticos convencionais. A ploidia e fase S foram determinadas prospectivamentepor citometria de fluxo de ADN em tecido fresco/congelado. Foi usado um modelo de regressão de Cox para análise estatística dasvariáveis prognósticas.Resultados: Ocorreram 106 mortes (26,5%) e 141 recorrências da doença (35,2%) durante o follow-up. Duzentos e trinta e cincotumores (58,7%) foram considerados aneuploides. Fase S alta e aneuploidia associaram-se com tumores com maior grau de diferenciação,maior tamanho e receptores hormonais negativos. Em análise univariada, todos os parâmetros clínico-patológicos e citométricos(incluindo doentes com < 40 anos e um subgrupo apresentando tumores hipertetraploides/multiploides), com excepção de faseS e receptores de estrogénios para intervalo livre de doença, correlacionaram-se significativamente com o curso clínico. Em análisemultivariada, o estádio avançado da doença, a aneuploidia e a ausência de receptores de progesterona apresentaram uma associaçãosignificativa com menor sobrevivência. No subgrupo de doentes com tumores de intermédia diferenciação (G2), a aneuploidiaassociou-se com pior prognóstico. No subgrupo sem envolvimento ganglionar, apenas os receptores de estrogénios mostraram correlaçãosignificativa com a evolução da doença. Nas doentes com envolvimento ganglionar, o maior tamanho tumoral e a aneuploidia(em relação com sobrevivência global) foram indicadores de pior prognóstico.Conclusão: A par do estadiamento da doença e expressão dos receptores hormonais, a ploidia de ADN é um biomarcador prognósticoindependente no carcinoma ductal invasivo da mama com follow-up de longo prazo.
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spelling | doaj.art-98871439a359415991f5e2408bb0ed5b2022-12-22T03:30:33ZengOrdem dos MédicosActa Médica Portuguesa0870-399X1646-07582013-01-0125610.20344/amp.1356A Ploidia de ADN é um Biomarcador Prognóstico Independente no Carcinoma Ductal Invasivo da MamaAntónio E Pinto0Teresa Pereira1Giovani L Silva2Mónica C Ferreira3Saudade André4Serviço de Anatomia Patológica. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.. Lisboa. Portugal.Serviço de Anatomia Patológica. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.. Lisboa. Portugal.Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa & Departamento de Matemática do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa. Portugal.Serviço de Anatomia Patológica. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.. Lisboa. Portugal.Serviço de Anatomia Patológica. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.. Lisboa. Portugal. Objectivos: Avaliar parâmetros prognósticos ‘clássicos’, bem como a ploidia de ADN e a fase S , em relação com o intervalo livre dedoença e a sobrevivência global no carcinoma ductal invasivo da mama com follow-up de longo prazo.Materiais e Métodos: O estudo envolveu 400 doentes com carcinoma ductal invasivo da mama e um follow-up mediano de 134 meses(50-240). O grau histológico, tamanho tumoral, envolvimento ganglionar axilar, estadiamento patológico e expressão dos receptoreshormonais foram analisados como marcadores prognósticos convencionais. A ploidia e fase S foram determinadas prospectivamentepor citometria de fluxo de ADN em tecido fresco/congelado. Foi usado um modelo de regressão de Cox para análise estatística dasvariáveis prognósticas.Resultados: Ocorreram 106 mortes (26,5%) e 141 recorrências da doença (35,2%) durante o follow-up. Duzentos e trinta e cincotumores (58,7%) foram considerados aneuploides. Fase S alta e aneuploidia associaram-se com tumores com maior grau de diferenciação,maior tamanho e receptores hormonais negativos. Em análise univariada, todos os parâmetros clínico-patológicos e citométricos(incluindo doentes com < 40 anos e um subgrupo apresentando tumores hipertetraploides/multiploides), com excepção de faseS e receptores de estrogénios para intervalo livre de doença, correlacionaram-se significativamente com o curso clínico. Em análisemultivariada, o estádio avançado da doença, a aneuploidia e a ausência de receptores de progesterona apresentaram uma associaçãosignificativa com menor sobrevivência. No subgrupo de doentes com tumores de intermédia diferenciação (G2), a aneuploidiaassociou-se com pior prognóstico. No subgrupo sem envolvimento ganglionar, apenas os receptores de estrogénios mostraram correlaçãosignificativa com a evolução da doença. Nas doentes com envolvimento ganglionar, o maior tamanho tumoral e a aneuploidia(em relação com sobrevivência global) foram indicadores de pior prognóstico.Conclusão: A par do estadiamento da doença e expressão dos receptores hormonais, a ploidia de ADN é um biomarcador prognósticoindependente no carcinoma ductal invasivo da mama com follow-up de longo prazo. https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/1356 |
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